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Por que a S&P acha que o governo pode atrapalhar a Petrobras

Agência de risco Standard & Poor’s ameaça rebaixar a nota da Petrobras, temendo o mau comportamento de seu dono

Plataforma da Petrobras: mau comportamento do governo respinga na empresa (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2013 às 11h22.

São Paulo – Os mais antigos gostam de dizer que o olho do dono é que engorda o gado. A Petrobras , porém, vive a situação contrária: o olho grande do controlador, o governo federal, a está emagrecendo – e seu mau comportamento ameaça a credibilidade da companhia entre os investidores.

Esta é, em resumo, a mensagem passada pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s, ao avisar que pode rebaixar a nota da Petrobras. O relatório foi divulgado na noite desta quinta-feira. No jargão dos investidores, a perspectiva de nota da empresa foi rebaixada de “estável” para “negativa”.

Má influência

Assinado pelos analistas Luciano Gremone e Milena Zaniboni, o relatório traz dois conjuntos de argumentos. O primeiro é bem direto: a deterioração das perspectivas da Petrobras é diretamente atrelada à desconfiança da S&P sobre o comportamento do governo brasileiro.

Na mesma noite de ontem, a S&P rebaixou a perspectiva de nota da dívida soberana brasileira. Na nota, a agência afirma que poderá cortar a nota da Petrobras, caso o rating do Brasil caia.

O segundo conjunto de argumentos refere-se à situação da Petrobras. A agência considera “muito alta” a chance de o governo ajudar a empresa. Os analistas lembram da importância da estatal como a maior produtora e distribuidora de petróleo do país, e, portanto, de seu peso sobre a inflação. A S&P também cita outros pontos fracos da Petrobras, como a menor diversificação geográfica de sua atuação e o elevado plano de investimentos.

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Esta é, em resumo, a mensagem passada pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s, ao avisar que pode rebaixar a nota da Petrobras. O relatório foi divulgado na noite desta quinta-feira. No jargão dos investidores, a perspectiva de nota da empresa foi rebaixada de “estável” para “negativa”.

Má influência

Assinado pelos analistas Luciano Gremone e Milena Zaniboni, o relatório traz dois conjuntos de argumentos. O primeiro é bem direto: a deterioração das perspectivas da Petrobras é diretamente atrelada à desconfiança da S&P sobre o comportamento do governo brasileiro.

Na mesma noite de ontem, a S&P rebaixou a perspectiva de nota da dívida soberana brasileira. Na nota, a agência afirma que poderá cortar a nota da Petrobras, caso o rating do Brasil caia.

O segundo conjunto de argumentos refere-se à situação da Petrobras. A agência considera “muito alta” a chance de o governo ajudar a empresa. Os analistas lembram da importância da estatal como a maior produtora e distribuidora de petróleo do país, e, portanto, de seu peso sobre a inflação. A S&P também cita outros pontos fracos da Petrobras, como a menor diversificação geográfica de sua atuação e o elevado plano de investimentos.

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