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Pontos-de-venda tradicionais e informais pressionam supermercados

Mais atenta aos menores, a Associação Paulista de Supermercados espera anunciar acordo com o governo estadual para dinamizar centrais de negócios durante Feira que começa segunda-feira (10/5)

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Os supermercados de maior porte estão perdendo espaço para padarias, mercearias, farmácias e comércio informal. De 2001 a 2003, caiu de 19% para 15% o grupo de consumidores que preferem fazer suas compras em algumas das dez maiores redes. A conclusão está na pesquisa divulgada hoje (6/5) pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), que realiza entre 10 e 13 de maio a 20ª Convenção e Feira Paulista de Supermercados, no Expo Center Norte, com o tema "Reciclando Conceitos".

O varejo tradicional (padarias, mercearias e armazéns), cresceu de 15% para 16%, ultrapassando as grandes cadeias de supermercado, como ponto-de-venda, na preferência do consumidor; as perfumarias, drogarias e farmácias avançaram de 4% para 5%; e o mercado informal, de 6% para 7%. O comércio porta-a-porta manteve-se em 2%. Os supermercados de menor porte registraram ano passado, em todo país, a mesma preferência de 2001 (54%), mas conquistaram espaço na Grande São Paulo (de 45% para 47%) e no Interior de São Paulo (de 64% para 66%).

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A pesquisa, realizada em 2003 pelo Latin Panel/Ibope em todo o país, exceto região Norte, também verificou que a categoria de consumidores que freqüenta regularmente mais de três canais de compra subiu de 29% em abril de 2001 para 37% em abril do ano passado.

Centrais de Negócios
"O pequeno varejo vem crescendo", afirma Sussumu Honda, presidente da Apas. De olho nessa tendência, a entidade resolveu dar destaque para soluções que interessam aos associados menores. Uma delas é a central de negócios, pela qual várias lojas se articulam para fazer compras conjuntas e barganhar vantagens dos fornecedores. De acordo com a associação, as centrais de pequenos supermercados são o terceiro maior cliente do setor atacadista brasileiro, atrás apenas dos gigantes Pão de Açúcar e Carrefour.

Aproveitando a oportunidade representada pelo evento na próxima semana, a Apas intensificou um lobby junto ao governo do Estado para que essas centrais não paguem ICMS, que seria quitado apenas no caixa dos supermercados que as integram. "Não sei se o governador consegue anunciar a medida já no início da feira", disse Orlando Morando Junior, vice-presidente de Relações Institucionais da Apas. Mas um benefício já é certo: as empresas terão 30 dias adicionais para pagar o ICMS devido por negócios fechados durante os quatro dias de exposição.

A associação espera que a feira - segundo a Apas a terceira maior de produtos, equipamentos e serviços do mundo - movimente 2,5 bilhões de reais, o mesmo patamar do ano passado, com 400 empresas expositoras e 50 mil executivos e empresários supermercadistas, fornecedores, atacadistas, distribuidores e representantes comerciais. Entre os palestrantes, foi confirmada a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na quinta-feira (12/5) às 15 horas.

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