A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (17/6) a assinatura de 11 contratos para a construção de três plataformas e para a reforma de uma quarta, a P-34. Os investimentos somam 6,3 bilhões de reais e integram o projeto do governo federal de garantir a auto-suficiência brasileira em petróleo até 2006. A assinatura dos contratos ocorreu no Palácio do Planalto, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

As plataformas que serão construídas são a P-51, com investimento de 2,3 bilhões de reais e prazo de entrega de 38 meses; a P-54, a um custo de 2,4 bilhões e prazo de 29 meses; e a PRA-1, que demandará 1,34 milhão de reais e prazo de 22 meses. A plataforma que será reformada é a P-34, cujos trabalhos durarão 18 meses e consumirão 265 milhões de reais. Todos os projetos destinam-se à Bacia de Campos (RJ). Os acordos exigem que, no mínimo, 60% de seu conteúdo seja fornecido por empresas nacionais.

As empresas contratadas são: Rolls Royce, Nuovo Pignone, Consórcio Fels Setal/Technip, Dresser Rand, Jurong Shipyards, GDK, Techint, Sulzer, e Consórcio CNO/UTC. A Petrobras estima que as obras criarão 10.600 empregos diretos e 31.800 indiretos.

Totalmente nacional

A P-51 será a primeira plataforma semi-submersível da Petrobras construída inteiramente no Brasil, mas apenas 70% de seu conteúdo será fornecido por empresas nacionais. Apesar disso, a conclusão da obra colocará o país no pequeno grupo de nações que possuem tecnologia para construir esse tipo de equipamento, conforme a estatal.

A plataforma terá capacidade para produzir 180 mil barris de petróleo por dia e seis milhões de metros cúbicos de gás natural. Ela ficará ancorada a 175 quilômetros do litoral norte do Rio de Janeiro, a uma profundidade de 1.255 metros. Sua construção envolveu três licitações: uma para os módulos de energia elétrica, vencida pela Rolls Royce, que as construirá em Niterói; outra para os módulos de compressão de gás, a cargo da Nuovo Pignone, também em Niterói; e uma terceira para construção e integração do casco e da planta de processamento, vencida pelo Consórcio Fels Setal/Technip. O casco será construído na fábrica da Nuclep, em Itaguaí (RJ). Os demais serviços dessa terceira licitação serão executados em Angra dos Reis e Niterói.