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Pequenas empresas podem recuperar vendas da Schmid Telecom

O segmento de pequenas e médias empresas é o novo alvo da Schmid Telecom no Brasil. Fundada em 1967 na Suíça e presente no país desde 1998, a empresa fatura cerca de 100 milhões de dólares por ano, mas está perdendo terreno no Brasil. Há dois anos, a filial brasileira faturou 20 milhões de dólares. […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

O segmento de pequenas e médias empresas é o novo alvo da Schmid Telecom no Brasil. Fundada em 1967 na Suíça e presente no país desde 1998, a empresa fatura cerca de 100 milhões de dólares por ano, mas está perdendo terreno no Brasil. Há dois anos, a filial brasileira faturou 20 milhões de dólares. No ano seguinte, caiu para 20 milhões de reais e, em 2003, a receita encolheu mais 15%. A empresa não quis divulgar os números na mesma moeda. "Acompanhamos o mercado de telecomunicações no Brasil, que caiu 50% no período", afirmou o presidente da Schmid Telecom Brasil, Rogério Cascaes.

A compensação foi o aumento das exportações. A unidade mantém apenas oito funcionários em sua equipe. O restante, como montagem e contabilidade, é terceirizado. Por isso, parte das exportações não é computado no faturamento da filial brasileira, conforme Cascaes, e sim nos livros da Benchmark, empresa de Campinas responsável pela montagem dos equipamentos. No ano retrasado, as exportações somaram dois milhões de dólares, considerando-se a Schmid e a parceira campinense. Em 2003, a cifra deve ficar entre seis e oito milhões.

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Reversão

Para recuperar o faturamento, a filial brasileira aposta agora no segmento de empresas de pequeno e médio porte, incluindo as operadoras menores de telefonia, chamadas de "espelhinhos". A porta de entrada neste segmento deve ser um novo produto, apresentado hoje (25/5) à imprensa e batizado de Pegasus. Trata-se de uma plataforma que permite navegação pela internet à velocidade de até 2,3 megabits por segundo, além de realizar até oito chamadas telefônicas simultaneamente, via um par de cabos de cobre.

Conforme Cascaes, o produto está em análise por potenciais clientes, como a Telefônica, Embratel, GVT, Copel e Transit. "Nosso alvo principal são operadoras pequenas, condomínios, prédios comerciais e indústrias", afirmou. Para divulgá-lo, a empresa iniciou uma campanha de telemarketing junto ao mercado pretendido. O menor custo operacional também é um argumento de vendas, segundo o presidente mundial da companhia, Peter Schmid. "O Pegasus apresenta um custo de 700 dólares por link, contra 1.100 dos concorrentes", afirmou.

Com o produto, a empresa espera, pelo menos, estancar a perda de receitas neste ano. "Em 2005, só o Pegasus deve gerar 5 milhões de dólares no Brasil e, no ano seguinte, esse número pode dobrar", disse Cascaes. Numa previsão mais otimista, o novo produto pode recuperar, neste ano, a queda de 2003.

Inicialmente, o produto será importado. A produção local não é descartada, mas o executivo afirma que será necessário que se atinja um volume justificável para que isso aconteça. Sem mencionar números que poderiam assinalar o patamar a partir do qual a produção local é desejável, Cascaes citou, como exemplo, os modems vendidos pela empresa. Após 2 mil unidades comercializadas, a fabricação local se iniciou. Atualmente, há 60 mil desses equipamentos instalados no Brasil pela Schmid.

Mercado

Cerca de 80% da receita da Schmid Telecom é gerada fora da Suíça. A companhia mantém subsidiárias em seis países, além do Brasil. Os principais ramos em que atua são o fornecimento de aparelhos para controle de tráfego aéreo e equipamentos para transmissão de dados do tipo HDSL. A operadora mexicana Telmex, que recentemente ganhou a concorrência para comprar a Embratel, é um de seus maiores clientes. Cerca de 60% dos links oferecidos pela Telmex aos seus clientes usam equipamentos da Schmid.

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