Zoom: empresa cresceu em número de usuários durante a pandemia, mas foi acusada de não proteger a privacidade de seus usuários (Kena Betancur/Getty Images)
Carolina Ingizza
Publicado em 7 de maio de 2020 às 14h10.
Última atualização em 7 de maio de 2020 às 14h37.
A empresa de videoconferências Zoom anunciou na manhã desta quinta-feira, 7, que comprou a startup americana Keybase, especializada em criptografia de conversas digitais. As companhias não divulgaram o valor da transação.
A startup foi fundada em 2014 e havia levantado até então cerca de 11 milhões de dólares, segundo estimativas do site Crunchbase. A epresa vai ser uma subsidiária do Zoom e o cofundador da empresa, Max Krihn, vai ser o novo líder da equipe de engenharia de segurança da companhia. Os outros empregados também serão incorporados ao Zoom.
O objetivo da aquisição é usar a experiência da Keybase com ferramentas de segurança digital para melhorar a plataforma do Zoom, recentemente envolvida em polêmicas por não oferecer criptografia de ponta a ponta para as chamadas.
O presidente da companhia, Eric Yuan, disse que a aquisição foi feita para garantir aos consumidores um nível maior de segurança, especialmente agora que o uso da plataforma aumentou graças ao isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus.
"Esta aquisição marca um passo fundamental para o Zoom, enquanto nós trabalhamos para criar uma plataforma de comunicações de vídeo verdadeiramente privada que pode ser escalada para centenas de milhões de participantes", afirmou Yuan.
As novas ferramentas de segurança serão liberadas para os clientes conforme forem adicionadas na plataforma. O plano é que logo todos os usuários pagantes do Zoom possam usufruir de reuniões em vídeo encriptadas de ponta a ponta.