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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
Cobrar por bagagens extras, ou por mais espaço para os passageiros esticarem as pernas, não é mais suficiente para algumas companhias aéreas. A partir desta sexta-feira (1/8), a americana US Airways passou a cobrar também pelo consumo de bebidas em suas viagens. Nesta manhã, os passageiros que solicitaram uma garrafa de água ou refrigerante, durante o vôo, tiveram que desembolsar 2 dólares. Se quiserem café ou chá, a taxa é de 1 dólar.
Passageiros da primeira classe, vôos transoceânicos e outras classes de clientes especiais estão, por enquanto, isentos da taxa. "Este é outro modo claro de disfarçar um aumento de tarifas aéreas, sem aumentar o preço das tarifas aéreas", afirmou Randy Petersen, editor da revista especializada em aviação Inside Flyer Magazine, ao The Wall Street Journal.
A US Airways é uma das tantas aéreas americanas que lutam para cortar custos nos últimos meses, pressionadas pela disparada do petróleo no mercado mundial. Por ora, concorrentes como a American Airlines, Delta e Northwest afirmam que não cobrarão pelas bebidas, embora confirmem que estudam novos meios para reduzir as despesas. Há alguns anos, companhias aéreas de baixo custo, como a Spirit começaram a cobrar pelos drinques.
A US Airways afirma que providenciará gratuitamente água e drinques para passageiros em caso de emergências médicas, ou durante longos atrasos nos vôos. Mas se um sedento e desesperado passageiro esquecer os dólares para comprar água durante um vôo, é possível que o serviço de bordo "infrinja as regras para o bem do cliente" e lhe dê água, afirmou Morgan Durrant, porta-voz da empresa. Afinal, a companhia não deseja ver seus passageiros bebendo a água das torneiras dos banheiros das aeronaves. "Aquela água é saudável para beber, mas não é muito palatável", informou Durrant.