A Colombo tem buscado criar novas formas para aproveitar a abrangência que tem no Rio Grande do Sul. Em junho, a rede varejista inaugura a sua primeira home store, em Porto Alegre, de olho num público mais qualificado. A idéia é aumentar em pelo menos 20% o tíquete médio de compras, hoje ao redor de 420 reais. Numa área de 4 000 metros quadrados serão criados ambientes nos quais tudo estará à venda, desde o estofado até a luminária. A linha de produtos será totalmente diferenciada. A rede vai ampliar de 6 000 para 9 000 itens o seu mix de produtos, estreando na área de cama, mesa e banho.

A opção pelo aumento da rentabilidade é clara. Segundo o consultor paulista Marcos Gouvêa de Souza, a lucratividade bruta (com prazo de 60 dias, impostos e frete) no varejo de móveis e da linha de cama, mesa e banho, ao redor de 36%, é mais do que o dobro da obtida com eletrodomésticos. "Para você ser competitivo em eletrodomésticos e eletroeletrônicos você precisa ter um volume importante de faturamento em móveis, decoração e cama, mesa e banho", diz Eldo Moreno, superintendente da Colombo. A Casas Bahia já havia percebido isso e faz seus próprios móveis, com a marca Bartira. A Magazine Luiza, de Franca, interior paulista - que acaba de adquirir as 51 lojas da rede gaúcha Lojas Arno -, vai além e inclui até brinquedos no seu mix. A Luiza também oferece serviços financeiros, como empréstimos pessoais.

A Colombo parece seguir o mesmo caminho. Vai passar o oferecer empréstimos pessoais para os clientes das lojas, por meio de sua recém-criada financeira, a Credifar. (A Luiza faz isso em parceria com o Unibanco.) "É um negócio rentável e servirá para fidelizar ainda mais o cliente", diz Moreno. A idéia é potencializar o conhecimento da empresa em gestão de crédito, que registra um índice de perda próximo a 2%, um dos menores do mercado. Os investimentos no comércio eletrônico também devem crescer. "Em 2004, a Internet será a maior loja da Colombo em vendas".