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HSBC demitirá quase 50 mil; parte por vendas no Brasil

A iniciativa é parte de uma segunda tentativa do presidente-executivo, Stuart Gulliver, de elevar os lucros desde que assumiu o comando do banco em 2011


	Stuart Gulliver, CEO do HSBC: Os cortes deixarão o HSBC com o equivalente a cerca de 208 mil funcionários em tempo integral até 2017, embora o banco tenha dito que fará contratações
 (Jerome Favre/Bloomberg)

Stuart Gulliver, CEO do HSBC: Os cortes deixarão o HSBC com o equivalente a cerca de 208 mil funcionários em tempo integral até 2017, embora o banco tenha dito que fará contratações (Jerome Favre/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2015 às 08h25.

Hong Kong/Londres - O HSBC cortará quase 50 mil postos de trabalho e reduzirá seu banco de investimentos, diminuindo os ativos do maior banco europeu em um quarto em uma medida para simplificar e melhorar sua lenta performance.

O banco disse nesta terça-feira que cerca de metade dos cortes de postos de trabalho virão das vendas dos negócios no Brasil e na Turquia. A outra metade virá de um corte de cerca de 10 por cento do restante dos seus 233 mil funcionários com a consolidação de operações de tecnologia da informação e departamentos administrativos e o fechamento de agências bancárias. Por volta de 7 mil a 8 mil cortes são esperados na Grã-Bretanha.

Os cortes deixarão o HSBC com o equivalente a cerca de 208 mil funcionários em tempo integral até 2017, ante 295 mil no fim de 2010 e 258 mil no fim de 2014, embora o banco tenha dito que fará contratações em negócios em crescimento e em sua divisão de compliance.

A iniciativa é parte de uma segunda tentativa do presidente-executivo, Stuart Gulliver, de elevar os lucros desde que o executivo assumiu o comando do banco no início de 2011. Sua tentativa anterior foi frustrada por altos custos com compliance, multas, baixas taxas de juros e crescimento lento.

Além disso, o HSBC disse que cortará seus ativos em uma base ajustada pelo risco (RWA) em 290 bilhões de dólares até 2017. Isso incluirá uma redução de um terço, ou 140 bilhões de dólares, na divisão de global banking e markets (GBM), seu banco de investimentos. Isso significa que a GBM responderá por menos de um terço do balanço do HSBC, ante 40 por cento atualmente.

O HSBC confirmou que planeja vender os negócios na Turquia e no Brasil, acrescentando que manterá alguma presença no mercado brasileiro para atender clientes corporativos. O banco pretende revisar negócios com performance mais baixa no México e nos Estados Unidos para melhorar os retornos. O banco disse que também mira o crescimento na Ásia ao expandir seu negócio de seguros e sua presença na região chinesa do Delta do Rio das Pérolas.

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