Economia

Estudo constata prejuízos de empresas provocados pela alta do dólar

R$ 10,6 bilhões corresponderam às perdas conjuntas das gigantes Petrobras e Vale

Exportadoras de matéria-prima, companhias aéreas, shopping center e prestadoras de serviços públicos estão entre as empresas mais afetadas pela alta do dólar (Christopher Furlong/Getty Images)

Exportadoras de matéria-prima, companhias aéreas, shopping center e prestadoras de serviços públicos estão entre as empresas mais afetadas pela alta do dólar (Christopher Furlong/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2011 às 12h15.

Rio de Janeiro - A desvalorização do real em relação ao dólar no terceiro trimestre do ano causou perdas equivalentes a R$ 18 bilhões para 15 empresas brasileiras de grande porte, segundo um relatório publicado neste domingo no jornal 'O Globo'.

Mais da metade desse número, R$ 10,6 bilhões, correspondeu às perdas conjuntas das gigantes Petrobras e Vale.

O estudo elaborado por analistas de mercado levou em conta a variação na taxa de câmbio comercial e apontou como principal fator para o balanço negativo a desvalorização acumulada do real em setembro, que foi de 18,4%.

Exportadoras de matéria-prima, companhias aéreas, shopping center e prestadoras de serviços públicos estão entre as empresas mais afetadas pela alta do dólar, devido ao aumento do custo da dívida em moeda estrangeira das empresas.

Apesar das perdas milionárias, o relatório ressalta que os 'números não chegam a ser preocupantes', porque as dívidas em dólar são a longo prazo e não afetaram o caixa das empresas para o pagamento de funcionários, fornecedores e, inclusive, seus investimentos.

Em outubro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou que o governo não tem a intenção de estabelecer uma taxa de câmbio fixo, apesar da forte desvalorização do real e das medidas tomadas para conter o avanço do dólar, como a venda de moeda estrangeira no mercado futuro. 

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedasReal

Mais de Economia

Governo tem déficit R$ 105,2 de janeiro a setembro; número é 11,5% pior que em 2023

Lula se reúne com ministros nesta quinta e deve fechar pacote de corte de gastos

Equipe econômica acompanha formação de governo Trump para medir impactos concretos no Brasil

Pacote de corte de gastos ainda está em negociação, afirma Lula