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CCR tem queda de 28,6% no lucro do 3º trimestre

A companhia de concessões de infraestrutura teve queda de 28,6% no lucro líquido do terceiro trimestre na comparação anual, a 247 milhões de reais


	CCR: companhia obteve melhora no resultado operacional no período
 (Wikimedia Commons)

CCR: companhia obteve melhora no resultado operacional no período (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2015 às 19h55.

São Paulo - A companhia de concessões de infraestrutura CCR teve queda de 28,6 por cento no lucro líquido do terceiro trimestre na comparação anual, a 247 milhões de reais, em resultado em linha com a média das previsões de analistas e pressionado pelo aumento do custo de sua dívida.

A companhia obteve melhora no resultado operacional no período, mas o avanço de 67 por cento da despesa financeira, para 365,8 milhões de reais, levou a empresa a divulgar lucro menor. A média das previsões de analistas compiladas pela Reuters apontava lucro líquido de 244 milhões de reais.

"Na comparação com o terceiro trimestre do ano anterior tivemos um acréscimo na dívida e, no mesmo período, a CDI, nosso referencial de custo das dívidas, saiu de 10,8 por cento para 14 por cento na média dos dois trimestres. Combinando esses dois fatores, você tem uma dívida mais cara", disse o diretor financeiro da CCR, Arthur Piotto.

O resultado também refletiu custos com novos projetos, principalmente a MSVia e o Metrô Bahia, disse.

Do lado operacional, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado pró-forma da CCR teve alta de 3,7 por cento, a 1,12 bilhão de reais, mesmo valor apontado pela média das projeções de analistas.

A receita líquida pró-forma, por sua vez, que inclui dados proporcionais das controladas em conjunto, teve avanço de 8,6 por cento, a 1,8 bilhão de reais. O resultado foi impulsionado pelo reajuste tarifário da maioria das concessionárias entre julho e agosto, apesar da queda de 6,7 por cento do tráfego total de rodovias sob sua administração, disse a CCR.

Excluindo a CCR Ponte, que não está mais sob concessão da empresa, e a MSVia, o tráfego caiu 1,9 por cento, queda considerada discreta pela CCR. O tráfego consolidado havia recuado 4 por cento no segundo trimestre deste ano na comparaçào anual. "A tendência que se percebe é de recuperação, embora ainda seja muito difícil fazer qualquer afirmação de que vai continuar ou não", disse Piotto.

A alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado dos últimos 12 meses passou a 2,7 vezes, ante 2 vezes no terceiro trimestre do ano passado, com a dívida líquida consolidada atingindo 9,8 bilhões de reais em setembro.

Segundo Piotto, a CCR precisa de cerca de 4 bilhões de reais em refinanciamento nos próximos 12 meses. "É um cenário mais difícil, vamos pagar mais caro por isso, os bancos estão mais seletivos e o juro está mais alto... Em que pese o cenário, estamos confiantes de que é uma situação de momento", disse.

Sobre as questões judiciais envolvendo a empresa, Piotto disse que a CCR entrou com recurso contra decisão de primeira instância da Justiça paulista que invalidou aditivo contratual de 2006 que reequilibrava contrato da concessionária AutoBAn.

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