Natura diz que avanço ainda fica abaixo de nível desejado
Entre julho e setembro, a receita líquida no país subiu 2,7 por cento ano a ano, a 1,5 bilhão de reais
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2014 às 20h08.
São Paulo - A empresa de cosméticos Natura viu o lucro do terceiro trimestre subir com ajuda de efeito não caixa na linha de resultados financeiros, em período ainda marcado por modesto avanço nas vendas no Brasil.
Entre julho e setembro, a receita líquida no país subiu 2,7 por cento ano a ano, a 1,5 bilhão de reais, mesmo com aumento de cerca de 4 por cento nos preços implementado em julho.
A companhia reconheceu em seu relatório de resultados a competitividade do mercado brasileiro de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, pontuando que suas últimas iniciativas "permitiram uma leve recuperação de nosso crescimento de receita, mas ainda abaixo dos níveis desejados".
Para os próximos meses, a Natura afirmou acreditar que estas iniciativas, que incluem o lançamento de novos produtos, "alavancadas pelos investimentos em marketing, serão relevantes para a recuperação de nossas taxas de crescimento".
A receita líquida consolidada da companhia avançou 5 por cento no trimestre na comparação anual, a 1,9 bilhão de reais. As receitas internacionais avançaram 16,2 por cento na mesma base, para 360,5 milhões de reais.
No período, o lucro líquido cresceu 16,8 por cento ante igual etapa de 2013, a 214,6 milhões de reais, com o impacto positivo da marcação a mercado em derivativos atrelados à dívida em moeda estrangeira.
A média das estimativas de analistas obtidas pela Reuters apontava lucro de 221,5 milhões de reais.
Eliminados os efeitos não caixa de marcação a mercado, o lucro líquido teria apresentado retração de 3 por cento frente ao mesmo período de 2013, disse a Natura.
Entre julho e setembro, o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou 427,1 milhões de reais, subindo 7,2 por cento sobre um ano antes. A média de estimativas de analistas era de Ebitda de 434,1 milhões.
A base de consultoras da companhia subiu 3,7 por cento no Brasil, mas a produtividade caiu 1,1 por cento, num momento em que analistas questionam o potencial de avanço do modelo de vendas diretas diante do avanço de outros canais de distribuição.
"A gente não vê um problema específico no canal de vendas diretas, mas a gente tem que aumentar a nossa competitividade no canal e tem que ampliar a oferta e possibilidade de o consumidor comprar de outras maneiras", disse o vice-presidente de finanças e relações institucionais da companhia, Roberto Pedote, em teleconferência com jornalistas.
Em julho, a empresa expandiu a plataforma digital Rede Natura para todo o Estado de São Paulo.
No começo de outubro chegou a Minas Gerais e Rio de Janeiro. Com ela, as consultoras desenvolvem páginas próprias e admitem pagamento com cartão de crédito.
Para Pedote, não há previsão para nacionalizar iniciativa, mas a expectativa é que isso ocorra nos próximos meses.
"A Rede Natura já é realidade, realidade que começa pequena, mas que será muito relevante lá na frente", afirmou.
São Paulo - A empresa de cosméticos Natura viu o lucro do terceiro trimestre subir com ajuda de efeito não caixa na linha de resultados financeiros, em período ainda marcado por modesto avanço nas vendas no Brasil.
Entre julho e setembro, a receita líquida no país subiu 2,7 por cento ano a ano, a 1,5 bilhão de reais, mesmo com aumento de cerca de 4 por cento nos preços implementado em julho.
A companhia reconheceu em seu relatório de resultados a competitividade do mercado brasileiro de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, pontuando que suas últimas iniciativas "permitiram uma leve recuperação de nosso crescimento de receita, mas ainda abaixo dos níveis desejados".
Para os próximos meses, a Natura afirmou acreditar que estas iniciativas, que incluem o lançamento de novos produtos, "alavancadas pelos investimentos em marketing, serão relevantes para a recuperação de nossas taxas de crescimento".
A receita líquida consolidada da companhia avançou 5 por cento no trimestre na comparação anual, a 1,9 bilhão de reais. As receitas internacionais avançaram 16,2 por cento na mesma base, para 360,5 milhões de reais.
No período, o lucro líquido cresceu 16,8 por cento ante igual etapa de 2013, a 214,6 milhões de reais, com o impacto positivo da marcação a mercado em derivativos atrelados à dívida em moeda estrangeira.
A média das estimativas de analistas obtidas pela Reuters apontava lucro de 221,5 milhões de reais.
Eliminados os efeitos não caixa de marcação a mercado, o lucro líquido teria apresentado retração de 3 por cento frente ao mesmo período de 2013, disse a Natura.
Entre julho e setembro, o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou 427,1 milhões de reais, subindo 7,2 por cento sobre um ano antes. A média de estimativas de analistas era de Ebitda de 434,1 milhões.
A base de consultoras da companhia subiu 3,7 por cento no Brasil, mas a produtividade caiu 1,1 por cento, num momento em que analistas questionam o potencial de avanço do modelo de vendas diretas diante do avanço de outros canais de distribuição.
"A gente não vê um problema específico no canal de vendas diretas, mas a gente tem que aumentar a nossa competitividade no canal e tem que ampliar a oferta e possibilidade de o consumidor comprar de outras maneiras", disse o vice-presidente de finanças e relações institucionais da companhia, Roberto Pedote, em teleconferência com jornalistas.
Em julho, a empresa expandiu a plataforma digital Rede Natura para todo o Estado de São Paulo.
No começo de outubro chegou a Minas Gerais e Rio de Janeiro. Com ela, as consultoras desenvolvem páginas próprias e admitem pagamento com cartão de crédito.
Para Pedote, não há previsão para nacionalizar iniciativa, mas a expectativa é que isso ocorra nos próximos meses.
"A Rede Natura já é realidade, realidade que começa pequena, mas que será muito relevante lá na frente", afirmou.