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Mercedes fecha contrato para fornecer mega frota de caminhões para Ambev

Em entrevista exclusiva à EXAME, a montadora garante que este é um momento único para compra de veículos pesados

Caminhões da Mercedes: contrato grande com a Ambev (Mercedes-Benz/Divulgação)
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Juliana Estigarribia

Publicado em 3 de setembro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 3 de setembro de 2020 às 09h16.

Apesar da queda dos números da indústria automotiva, o cenário permanece favorável para a renovação da frota de caminhões. Ao menos essa é a avaliação da Mercedes-Benz , que acaba de fechar um contrato para fornecer 450 caminhões para a gigante de bebidas Ambev .

"A pandemia só mostrou que alguns setores continuam extremamente importantes. Bebidas e transportes são alguns deles", afirma Roberto Leoncini, vice-presidente da Mercedes do Brasil, em entrevista exclusiva à EXAME.

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De acordo com o executivo, aAmbev já tem um processo estruturado de renovação da frota, principalmente por se tratar de veículos que não podem parar. "Conseguimos reforçar essa parceria com a empresa, mas também temos outros parceiros no setor de bebidas e possuímos um time especialista para atendê-los."

O contrato da Mercedes prevê a entrega de 140 caminhões médios Accelo, quase 280 semipesados Atego e cerca de 30 extrapesados da linha Axor. As primeiras unidades começaram a ser entregues em agosto e todo o volume chegará aos parceiros da Ambev até outubro.

Leoncini afirma que, para alguns operadores, a montadora negocia planos de manutenção dentro do cliente. A marca conta com cerca de 185 concessionários e mais 100 contratos de serviços dedicados dentro dos clientes. "Não entregamos só o caminhão. Isso é importante porque o serviço agrega gestão da frota."

Cenário

O vice-presidente da Mercedes conta que a manutenção da taxa básica de juros Selic no menor nível da história contribui para aumentar as vendas no setor, embora a recuperação ainda esteja lenta.Os emplacamentos de caminhões em agosto recuaram 15,23% sobre julho, para 8.072 unidades. Na comparação anual, a queda foi de 15,73%. No acumulado de janeiro a agosto, houve retração de 15,63%, para 55.213 unidades.

"Temos visto um movimento importante de renovação de frota. Há clientes que estão diminuindo o número de veículos e aumentando a frequência das trocas. Isso também é inteligência em logística", diz o executivo. "Estamos nomelhor momento da taxa básica de juros, com o BNDES voltando a ser protagonista nas vendas do setor."

Ele acrescenta que este também é um bom momento para a compra de veículos seminovos, o que impulsiona a dinâmica do mercado.

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