Negócios

Memorando de intenções da CSN-Corus será divulgado nesta quarta

O empresário paulista Benjamin Steinbruch, controlador da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), anuncia na manhã desta quarta-feira um memorando de intenções --passo preliminar para o acordo de fusão da CSN com a anglo-holandesa Corus. "Não é venda, é troca de ações", disse Steinbruch ao Portal EXAME. Segundo afirma, o BNDES, credor da Vicunha Siderurgia, está sendo […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

O empresário paulista Benjamin Steinbruch, controlador da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), anuncia na manhã desta quarta-feira um memorando de intenções --passo preliminar para o acordo de fusão da CSN com a anglo-holandesa Corus. "Não é venda, é troca de ações", disse Steinbruch ao Portal EXAME.

Segundo afirma, o BNDES, credor da Vicunha Siderurgia, está sendo informado do conceito da negociação e, após a assinatura do memorando, os termos do acordo serão submetidos oficialmente ao banco. Na coletiva de imprensa, que acontecerá às 9h30 em São Paulo, será anunciado o percentual de participação da Vicunha Siderurgia na nova empresa.

"Será uma participação importante", disse Steinbruch na noite de terça-feira. "Teremos presença forte no board, na gestão e no capital." No que diz respeito à operação, Steinbruch disse que nada mudará na CSN: "Prosseguiremos com a estratégia de internacionalização visando aumentar as exportações para os Estados Unidos e Europa. O JP Morgan assessora a CSN na fusão, e o HSBC e o Credit Suisse First Boston, o grupo Corus.

A anglo-holandesa Corus confirmou, no último dia 4, que estava em negociação com a CSN, maior produtora de aço no Brasil. A informação foi, na época, publicada pelo jornal britânico The Independent publicou que a empresa anglo-holandesa estaria se preparando para uma grande aquisição.

No mesmo dia, a CSN disse que, dentro da estratégia de internacionalização de suas operações, mantinha conversas com empresas, entre as quais o grupo Corus. Segundo a agência de notícias Reuters, reportagens têm dito que a Corus, oitava maior siderúrgica do mundo, poderia pagar até 2 bilhões de dólares pela CSN. O Grupo Vicunha tem 46,5% da participação no capital votante da empresa brasileira.

O Financial Times afirmou, em reportagem publicada no início do mês, que: "Assumindo que a Corus comprasse o controle da CSN, provavelmente seria necessário investir cerca de 700 milhões de dólares, mesmo que isso possa ser feito na forma de ações".

Corus

A Corus é uma empresa criada em 1999 após a fusão da estatal britânica British Steel e da holandesa Hoogovens. A companhia anglo-holandesa, informa a Reuters, tem fechado fábricas e demitido empregados em reação aos fracos preços do aço. A empresa tem um valor de mercado em torno dos 4 bilhões de dólares, enquanto a CSN vale cerca de 1,2 bilhão de dólares.

As especulações envolvendo as duas empresas começaram no final de abril, com a saída da então principal executiva da CSN, Maria Sílvia Bastos Marques. Steinbruch, também presidente do Conselho de Administração da empresa, assumiu as funções da executiva.

As empresas optaram pela troca de ações, provavelmente, porque esbarraria numa condição legal do BNDES, que financiou o grupo Vicunha na compra das ações da Previ e da Bradespar na CSN, dentro do processo de descruzamento das participações entre a Companhia Vale do Rio Doce e a CSN. O banco ficou com o direito sobre o lucro em uma eventual venda do controle da CSN.

Metalic

Nesta segunda-feira, a CSN aprovou a compra da Companhia Metalic Nordeste, num negócio de 215,5 milhões de reais. A Metalic já pertencia ao grupo Vicunha, um dos proprietários da CSN, e fabrica latas de aço para bebidas, com matéria-prima produzida a partir de aço especial da CSN.

A maior produtora de aço do país vai pagar 108 milhões de reais pela aquisição integral da Metalic, empresa de capital fechado e com sede em Fortaleza (Ceará), além de assumir obrigações financeiras de 107 milhões de reais.

Em comunicado enviado à Bovespa, a CSN esclarece que o conselho de administração da empresa aprovou a proposta encaminhada pela Metalic em 8 de julho. A compra será submetida a aprovação em Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada em 14 de agosto. "Tal decisão reflete a estratégia comercial da CSN para abrir novas alternativas de negócios e de mercados para os produtos CSN", informa a companhia em nota.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Negócios

Sentimentos em dados: como a IA pode ajudar a entender e atender clientes?

Como formar líderes orientados ao propósito

Em Nova York, um musical que já faturou R$ 1 bilhão é a chave para retomada da Broadway

Empreendedor produz 2,5 mil garrafas de vinho por ano na cidade

Mais na Exame