Hotel da Wyndham Hotels & Resorts, em Gramado (Foto/Divulgação)
A maior franqueadora de hotéis do mundo, Wyndham Hotels & Resorts, vê no Brasil potencial para ser o principal país da América Latina – hoje está em terceiro, atrás da Argentina e do México. Para fazer frente à gigante Accor Hotels, planeja estampar 50 novos hotéis em 2019, sendo que 60% já está com contratos assinados. Do total previsto para o ano, 13 serão no Brasil. “O Brasil é um país que tem muita oportunidade e estamos investindo bastante. Acredito que nos próximos três anos será o primeiro ou segundo país mais importante na região, a depender de quanto o México crescer” diz Alejandro Moreno presidente do grupo Wyndham para a América Latina e Caribe, em entrevista exclusiva à EXAME.
O grupo inaugurou seu escritório no país em 2018 com o objetivo de promover suas bandeiras como destino para estrangeiros, tanto o público executivo quanto famílias. Recentemente, inaugurou seu primeiro hotel com administração própria no Brasil, o resort Wyndham Gramado, no Rio Grande do Sul, e a partir de 14 de dezembro será a nova bandeira do antigo Sheraton Barra (atual Gran Nobile Barra), o primeiro empreendimento da bandeira na cidade (o contrato foi fechado no dia 30 de novembro).
“Sabemos que o Rio de Janeiro passa por uma situação delicada e que a demanda não está como se esperava, mas acreditamos no potencial do hotel”, diz Moreno. Atualmente são 36 hotéis no Brasil com seis bandeiras, entre elas Wyndham e Ramada. Uma nova marca, a La Quinta, deve estrear no Brasil no ano que vem. Na América Latina, são 220 hotéis e, no próximo ano, a previsão é chegar a 260 hotéis. O grupo já tem escritórios também no México, Colômbia e Argentina.
“A crise ajudou a indústria hoteleira brasileira porque mais pessoas deixaram de viajar para o exterior e exploraram destinos aqui. Além disso, o aumento de voos para a Argentina levou os hermanos a aumentar bastante a procura por cidades do Nordeste e também Rio de Janeiro”, diz o executivo.
O principal negócio do grupo no mundo é o modelo de franquia, em que a administração é terceirizada a um parceiro e o grupo é responsável pela consultoria de padronização da estrutura e serviço. Esse é o modelo de 85% dos 9 000 hotéis – o restante é administração própria. Ao todo, 798 mil apartamentos em mais de 80 países são oferecidos em hotéis com suas 20 marcas. No ano passado, o grupo faturou 5,1 bilhões de dólares, crescimento de 3% em relação ao 2016.