Para Lula, demissões na Embraer são anomalia
Presidente afirma que o corte de 4 200 funcionários foi precipitado
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
O desaquecimento da economia vem obrigando empresas a reduzir o número de funcionários, a exemplo do que ocorreu com a Embraer, que anunciou o corte de 4 200 empregados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou a decisão, dizendo que faltou diálogo com os trabalhadores.
“Chamei a direção da Embraer, disse que eles foram precipitados e poderiam ter negociado com os trabalhadores, demonstrando que já tínhamos outras experiências no Brasil em que a negociação é o melhor caminho”, reforçou.
O presidente afirmou ainda, durante o programa “Café com o Presidente”, que considera o caso da companhia uma “anomalia”. Apesar disso, esforços já estariam sendo feitos para dar estabilidade às operações da empresa, uma vez que isso significaria “postos de trabalho ocupados pelos trabalhadores outra vez”.
Desaceleração brasileira
Lula manteve o tom otimista perante a economia brasileira em relação ao restante do mundo. Segundo ele, existe uma perspectiva de mudança de cenário ainda em curto prazo, com o Brasil saindo da crise antes dos países desenvolvidos.
“Estamos tendo no Brasil um problema de desaceleração, enquanto que o chamado mundo desenvolvido - Estados Unidos, Europa e Japão - estão tendo recessão. Estou convencido e otimista de que entramos por último na crise e vamos sair primeiro da crise”, salientou.
O presidente destacou também que o governo está preocupado e trabalhando para que o desemprego não cresça a partir de medidas como o avanço das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que devem gerar postos de trabalho.