Latam Airlines retoma estudos para novo hub de voos no Brasil
O grupo tinha planos de definir em 2015 o nome da capital do Nordeste que sediaria seu 1º centro de conexões de voos, mas acabou adiando o anúncio
Reuters
Publicado em 20 de março de 2017 às 21h02.
Santiago - O presidente-executivo da maior companhia aérea da América Latina, Latam Airlines , Enrique Cueto, afirmou nesta segunda-feira que a companhia vai retomar estudos para a criação de um novo centro de conexões de voos no Brasil.
Em entrevista à Reuters, Cueto afirmou que um novo hub no Brasil "é uma coisa que vamos analisar de novo, porque é conveniente para nós. Vamos retomar os estudos de qualquer forma, para ver onde que nos encontramos".
O grupo tinha planos de definir em 2015 o nome da capital do Nordeste que sediaria o primeiro centro de conexões de voos da companhia na região, mas acabou adiando o anúncio.
A empresa avaliava os aeroportos de Fortaleza, Natal e Recife como sede do hub. A TAM, parte do grupo Latam, afirmou na época que os investimentos para o hub no Nordeste seriam de 1 bilhão a 1,5 bilhão de dólares.
O terminal de Fortaleza foi alvo de leilão vencido na semana passada pela alemã Fraport, que ofereceu ágio de 18 por cento para ter direito de administrar o aeroporto por 30 anos.
O executivo afirmou ainda que a Latam espera que a economia do Brasil, seu principal mercado, comece a mostrar recuperação no segundo semestre.
Segundo ele, a Latam está mais otimista sobre 2017 sobre o ano passado, depois de reduzir custos e melhorar eficiência em estratégia que permitiu a companhia ter em 2016 o primeiro lucro anual desde sua criação em 2012.
"A demanda interna do Brasil vai começar a recuperar no segundo semestre deste ano, com um crescimento do tráfego doméstico de passageiros. Agora, quando vamos voltar onde estávamos, isso vai demorar um tempo, mas vamos ver resultados positivos a partir do segundo semestre de todo o modo", disse Cueto.
O executivo afirmou que a Latam deve pagar amortizações de dívida de 1,5 bilhão de dólares este ano e tem intenção de refinanciar 750 milhões de dólares. Dentro das alternativas de financiamento, está a opção de emissão de dívida.