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Johnson & Johnson retoma crescimento com mudança de estratégia

Empresa investe no setor menos lucrativo, porém mais seguro, de produtos de venda direta ao consumidor

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

A Johnson & Johnson anunciou um aumento 3,5% nos lucros, que somaram 2,17 bilhões de dólares, e de 8,5% nas vendas, que totalizaram 13,68 bilhões de dólares no quarto trimestre de 2006. O resultado é parte dos esforços da empresa de recuperar taxas robustas de crescimento que eram comuns para a empresa durante a década de 1990.

A estratégia da companhia de diversificação dos negócios foi atacada, depois que todos os segmentos - remédios, instrumentos médicos e produtos para os consumidores - tiveram fracas vendas. Em 2006, como parte do seu programa de recuperação, a empresa adquiriu a divisão de produtos de venda direta ao consumidor da Pfizer por 16,6 bilhões de dólares.

Como as outras empresas de saúde, a Johnson & Johnson tem se ajustado a uma nova era. Desde 2005, o crescimento das vendas da companhia diminuiu para 6,7%, em comparação com as taxas acima de 10% na década anterior.

Enquanto outras empresas do setor se focaram no difícil, porém mais lucrativo negócio de medicamentos vendidos sob prescrição médica, a Johnson & Johnson foi na direção oposta, para a venda direta de produtos ao consumidor. De acordo com o americano The Wall Street Journal, o negócio proporciona baixas margens de lucro, mas parece mais atraente em um momento em que os negócios de saúde mais lucrativos lutam para crescer.

A manobra foi bem-sucedida, já que o setor de produtos para o consumo direto foi o que mais cresceu na companhia em 2006, com um aumento de 7,5% nas vendas. O setor de medicamentos cresceu 4,2% e o de equipamentos para médicos teve um incremento de 6,2%. A Johnson & Johnson agora espera que o negócio passe a representar um quarto das vendas da empresa. No momento, ele responde por 18% do total. O presidente do grupo, William Weldon, disse para analistas que o setor está reequilibrando o portfólio da empresa. "Ele nos afastou um pouco do risco por não ter a volatilidade das outras áreas, mas ainda é incerto por quanto tempo podemos confiar nesse segmento", afirma.

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