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Itaú diz que balanço da Cyrela foi negativo; ações caem

Incorporadora lucrou menos e cortou previsão de novos empreendimentos e vendas para este ano

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A Cyrela Brazil Realty, a maior incorporadora do Brasil, viu suas ações despencarem na Bovespa nesta sexta-feira após anunciar a suspensão de lançamentos e vendas para este ano em razão da crise financeira mundial e incertezas sobre impactos na economia nacional. Às 12h39, a queda dos papéis era de 6,57%, com a unidade sendo negociada a 7,25 reais. Nesta quinta-feira, o papel fechou em alta de 6,01%.

A corretora do Itaú afirmou que os resultados da Cyrela foram "negativos" e que vai revisar a atual projeção de preço-justo para as ações, de 28,90 reais. Em relatório, o analista Tomas Awad diz que "é bem-vinda a decisão da Cyrela de reduzir os lançamentos em 2008 durante esse período de turbulência, mas o sentimento permanece negativo para a companhia e para o setor".

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A empresa divulgou que reduzirá parte dos lançamentos previstos para 2008, o que influenciou o volume de vendas contratadas no terceiro trimestre. A Cyrela prevê agora lançamentos de até 5,6 bilhões de reais neste ano, contra estimativa anterior de 7 bilhões de reais. A meta de vendas caiu de 5,5 bilhões para 4,9 bilhões de reais.

A construtora obteve lucro líquido de 72,3 milhões de reais no terceiro trimestre de 2008. A cifra representa uma queda de 19,6% em igual período de 2007 (90 milhões de reais). A margem Ebtida (lucro antes de impostos e amortizações) foi de 151,3 milhões, ante 110,4 milhões de reais.

O mercado de São Paulo representou 47,8% das vendas contratadas no terceiro trimestre, um decréscimo de 20,8 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2007. O Rio de Janeiro respondeu por 15,2% das vendas e o resto dos imóveis comercializados está espalhado entre Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Maranhão, Paraná, Pernambuco e Argentina. O foco de atuação continua sendo os segmentos luxo, médio-alto e médio padrão, que responderam por 64,7% das vendas contratadas no trimestre.

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