Irã não cederá perante exigências sobre programa nuclear
Chanceler disse que o Irã também não responderá às "posturas ilógicas" colocadas por alguns dos participantes das conversas
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2015 às 14h16.
Teerã - O Irã não cederá perante as "excessivas exigências" do Ocidente nas conversas que começaram nesta terça-feira na Suíça para alcançar um acordo sobre o programa nuclear iraniano antes do final do mês, indicou o chanceler do país asiático, Mohamad Javad Zarif.
Em declarações recolhidas pelas principais agências de notícias e jornais do Irã, Zarif, que junto com o secretário de Estado americano, John Kerry, preside as conversas bilaterais sobre este tema, disse que o Irã também não responderá às "posturas ilógicas" colocadas por alguns dos participantes das conversas.
Zarif respondeu assim declarações do presidente americano Barack Obama, que em entrevista divulgada na segunda-feira insistiu que o Irã deve suspender suas atividades nucleares sensíveis durante dez anos "ou mais" e que entendia as preocupações israelenses sobre o plano nuclear iraniano.
"O Irã entrou nestas negociações com completa sinceridade e continuará nelas até assegurar totalmente seus direitos nucleares", ressaltou Zarif.
O ministro, no entanto, destacou que as declarações de Obama constituem principalmente um esforço de "contra-propaganda" do líder americano perante seu confronto com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que hoje mesmo se dirigirá ao Congresso dos EUA para criticar qualquer acordo nuclear com o Irã.
"Está claro que a postura Obama, embora manifestada com frases e palavra ameaçadoras completamente inaceitáveis, foi adotada para atrair a opinião pública dos EUA e responder à propaganda lançada pelo regime sionista (Israel) e outros opositores radicais às negociações", apontou.
Além disso, Zarif também apontou que as palavras de Obama, nas quais reconhecia que o sistema de sanções contra o Irã não tinha funcionado, eram um reconhecimento implícito de que "a política de ameaça e sanção é fracassada, e que essas medidas nunca serão capazes de dobrar a vontade iraniana de adquirir tecnologia nuclear pacífica".
"Negociar é sem dúvida a única opção para o mundo de regular o assunto nuclear iraniano, e não há mais opção que essa", acrescentou.
O ministro se manifestou assim em uma pausa das conversas que mantém com Kerry e que são prévias ao encontro que o Irã manterá com Grupo 5+1 formado pelos EUA, o Reino Unido, França, China e Rússia, além disso da Alemanha, que buscam encontrar uma solução ao problema nuclear iraniano.
As premissas com as quais se negocia são, por uma parte, a aceitação por parte do Irã de reduzir sua capacidade nuclear até níveis que eliminem qualquer suspeita de seu eventual uso bélico; e, da outra, o levantamento das sanções econômicas que o Ocidente mantém sobre Teerã.
Teerã - O Irã não cederá perante as "excessivas exigências" do Ocidente nas conversas que começaram nesta terça-feira na Suíça para alcançar um acordo sobre o programa nuclear iraniano antes do final do mês, indicou o chanceler do país asiático, Mohamad Javad Zarif.
Em declarações recolhidas pelas principais agências de notícias e jornais do Irã, Zarif, que junto com o secretário de Estado americano, John Kerry, preside as conversas bilaterais sobre este tema, disse que o Irã também não responderá às "posturas ilógicas" colocadas por alguns dos participantes das conversas.
Zarif respondeu assim declarações do presidente americano Barack Obama, que em entrevista divulgada na segunda-feira insistiu que o Irã deve suspender suas atividades nucleares sensíveis durante dez anos "ou mais" e que entendia as preocupações israelenses sobre o plano nuclear iraniano.
"O Irã entrou nestas negociações com completa sinceridade e continuará nelas até assegurar totalmente seus direitos nucleares", ressaltou Zarif.
O ministro, no entanto, destacou que as declarações de Obama constituem principalmente um esforço de "contra-propaganda" do líder americano perante seu confronto com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que hoje mesmo se dirigirá ao Congresso dos EUA para criticar qualquer acordo nuclear com o Irã.
"Está claro que a postura Obama, embora manifestada com frases e palavra ameaçadoras completamente inaceitáveis, foi adotada para atrair a opinião pública dos EUA e responder à propaganda lançada pelo regime sionista (Israel) e outros opositores radicais às negociações", apontou.
Além disso, Zarif também apontou que as palavras de Obama, nas quais reconhecia que o sistema de sanções contra o Irã não tinha funcionado, eram um reconhecimento implícito de que "a política de ameaça e sanção é fracassada, e que essas medidas nunca serão capazes de dobrar a vontade iraniana de adquirir tecnologia nuclear pacífica".
"Negociar é sem dúvida a única opção para o mundo de regular o assunto nuclear iraniano, e não há mais opção que essa", acrescentou.
O ministro se manifestou assim em uma pausa das conversas que mantém com Kerry e que são prévias ao encontro que o Irã manterá com Grupo 5+1 formado pelos EUA, o Reino Unido, França, China e Rússia, além disso da Alemanha, que buscam encontrar uma solução ao problema nuclear iraniano.
As premissas com as quais se negocia são, por uma parte, a aceitação por parte do Irã de reduzir sua capacidade nuclear até níveis que eliminem qualquer suspeita de seu eventual uso bélico; e, da outra, o levantamento das sanções econômicas que o Ocidente mantém sobre Teerã.