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Interesses regionais orientaram fusões e aquisições em 2002

As fusões e aquisições ocorridas mundialmente no ano passado foram dirigidas principalmente por dois fatores: mercados regionais e ajustes do setor produtivo. Dos 10 maiores movimentos corporativos de 2002, apenas um foi intercontinental e só três envolveram grupos financeiros ou governos. Os dados fazem parte de um relatório preparado pela consultoria Dealmaker, obtido com exclusividade […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

As fusões e aquisições ocorridas mundialmente no ano passado foram dirigidas principalmente por dois fatores: mercados regionais e ajustes do setor produtivo. Dos 10 maiores movimentos corporativos de 2002, apenas um foi intercontinental e só três envolveram grupos financeiros ou governos. Os dados fazem parte de um relatório preparado pela consultoria Dealmaker, obtido com exclusividade pelo Portal EXAME. Uma minoria das operações foi conduzida por empresas financeiras e grupos de investidores , diz Daniel Cunha, consultor associado e responsável pelo estudo. O que se vê são movimentos corporativos para reforçar posições regionais ou focadas em unidades de negócios .

Os dez maiores negócios do ano somaram 166 bilhões de dólares. Pouco, se lembrarmos que no pico da onda global de fusões e aquisições, em 1998, elas movimentaram mais de 1 trilhão de dólares só nos Estados Unidos. É um período de estabilização , afirma Cunha. Aquele momento de megafusões passou, tanto que a maior ocorrida no ano passado, da Pharmacia com a Pfizer, foi mal recebida pelo mercado .

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As análises setoriais também mostram dados interessantes, como o avanço da empresa alimentícia suíça Nestlé na América do Norte e o fortalecimento da também suíça Novartis no segmento de medicamentos genéricos.

Chama a atenção a pouca movimentação nas operações de telecomunicações, Internet, hardware e software. As fusões e aquisições de Internet, hardware e software somaram 6,1 bilhões de dólares - menos que os 6,85 bilhões do outro setor mais inovador, farmacêutica e biotecnologia (isso sem contar a maior operação do ano, entre Pharmacia e Pfizer, de 59,3 bilhões). Os movimentos nas telecomunicações somaram 19,1 bilhões de dólares, menos da metade do registrado no setor de energia e petróleo, 42,2 bilhões. Os números mostram o nível de valor dos ativos na era pós-euforia digital e o grande endividamento das empresas de telecomunicações e Internet.

A América Latina contrariou a tendência dos EUA e da Europa: os principais personagens das operações na região foram bancos, como Itaú, Bradesco, Banco Santiago e HSBC. Só quatro operações não têm bancos envolvidos - entre elas, a maior de todas, a compra da petrolífera argentina Perez Companc pela Petrobras. O estudo demonstra uma concentração de capital no setor financeiro , diz Cunha, da Dealmaker. Além disso, dá para perceber que o varejo das finanças é a área mais visada .

Para ler o levantamento completo das fusões e aquisições de 2002, clique aqui.

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