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ING pode vender sua fatia na SulAmérica, diz corretora

Para os analistas do Itaú, negócio pode ser positivo para os acionistas da empresa

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A venda da participação do grupo holandês ING na SulAmérica é algo possível, na visão da Itaú Corretora - que opera de forma independente do banco. Em forte crise, o ING informou na semana passada que planeja se desfazer de ativos não estratégicos e manter seu foco nos segmentos de previdência e seguro de vida.

A SulAmérica, a sócia brasileira do ING, tem um portfólio de investimentos bem mais diversificado. Por esse motivo, poderia estar entre os ativos vendidos pelo grupo holandês, que controla, atualmente, 21,18% da companhia.

O Itaú tem uma visão otimista sobre a possível realização do negócio. "A possibilidade de uma operação de fusão e aquisição é uma aposta. Porém, entendemos que a SulAmérica não é apenas uma oportunidade de investimento interessante e defensiva sozinha, mas também tem uma opção de fusão e aquisição implicada no preço de seus papéis", explicaram os analistas.

A corretora enxerga quatro cenários de curto e médio prazo em relação à SulAmérica. No cenário neutro, o ING não consegue vender sua fatia na seguradora por causa de falta de compradores, o que não muda em nada as operações da companhia.

A única possibilidade apontada como fator negativo seria se o grupo vendesse sua participação a um preço muito baixo. A equipe acredita, porém, que não seja essa a intenção, já que não há pressão por falta de capital e sua dívida está em um bom nível.

Por outro lado, dois desenlaces positivos foram avaliados. Em um deles, o ING vende sua fatia na SulAmérica para outro parceiro estratégico, com um preço acima do nível das ações da seguradora. Tal fato poderia fazer com que o mercado entendesse que os papéis estão subvalorizados e os impulsionaria.

Uma quarta possibilidade, que estaria a favor da empresa, seria se a SulAmérica unisse suas operações com as companhias de seguro do Banco do Brasil. Para a corretora, tal operação complementaria os negócios da instituição financeira e traria uma maior abrangência à nova empresa que seria criada.

O BB já admitiu que avalia uma reestruturação de sua área de seguros. A SulAmérica é apontada como possível parceira do banco por, entre outros motivos, atuar com diferentes segmentos de seguro, especialmente o de saúde.

Devido à visão majoritariamente positiva do futuro da seguradora, a corretora reiterou sua recomendação "outperform" (desempenho acima da média do mercado) a seus papéis negociados na Bovespa, estabelecendo um preço-alvo de 36,60 reais para o fim de 2009.

Nesta sessão, as units (certificados de depósitos de ações) da companhia (SULA11) caíam 1,27% às 15h03, negociadas a 20,98 reais.

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