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HSBC anuncia plano global e destaca o Brasil

Banco vai olhar mercados em crescimento, como o mexicano e o brasileiro

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2011 às 12h07.

Londres - O HSBC Holdings divulgou um novo plano estratégico hoje e destacou que o banco vai olhar para mercados em crescimento, como os do Brasil e do México, para guiar a futura receita no segmento de varejo. O anúncio foi feito após a empresa divulgar, na segunda-feira, resultados fracos no primeiro trimestre deste ano, que mostraram aumento dos custos e receita estável.

O HSBC planeja cortar custos, se desfazer de negócios e se afastar do segmento de banco de varejo em mercados onde não tem escala. As medidas fazem parte da estratégia do novo executivo-chefe, Stuart Gulliver, para convencer os investidores de que o banco pode obter fortes retornos em meio às condições regulatórias e econômicas difíceis que têm pesado sobre seu lucro.

Os custos em todo o grupo sofrerão cortes entre US$ 2,5 bilhões e US$ 3,5 bilhões nos próximos três anos, por meio de medidas que incluem transferir o desenvolvimento de tecnologia para países com custos mais baixos e reduzir as equipes locais e regionais. O banco também quer emprestar mais recursos de seus depósitos, chegando a uma relação máxima entre empréstimos e depósitos de 90%, ante os atuais 79%. O acesso a clientes ricos em 18 mercados alvos deve acrescentar mais US$ 4 bilhões à receita do banco, segundo Gulliver.

O executivo afirmou que o HSBC vai revisar o negócio de cartões de crédito e a rede de varejo nos EUA, que têm sido as bases da operação do banco no país desde 2003. No entanto, os EUA continuarão sendo importantes para o banco e as operações no país serão reposicionadas, para que possam se alinhar às de outros locais e para que sejam focadas na esperada recuperação do setor industrial norte-americano. Analistas estimam que a venda do negócio de cartões de crédito e de partes da rede de varejo nos EUA poderá levantar US$ 25 bilhões.

O HSBC acredita que, com as medidas, voltará para o caminho certo, em direção às metas de um retorno sobre patrimônio de 12% a 15% e de uma relação entre custo e renda de 48% a 52%. Gulliver observou que os planos também permitirão que o banco se prepare para as regras de Basileia 3, que podem eliminar entre 250 e 300 pontos-base da proporção de capital Tier 1 do HSBC, que é de 10,5% atualmente, caso ações não sejam tomadas. Com os planos, esse efeito será reduzido para 120 pontos-base, segundo o executivo.

A tentativa de cortar os custos destaca os desafios que o HSBC enfrenta em mercados maduros como os EUA e a Europa, além do foco voltado para a Ásia e para mercados emergentes. Gulliver afirmou que 19 das 30 maiores economias do mundo em 2050 serão as que hoje são classificadas como emergentes. A Ásia seguirá sendo o coração do banco, enquanto América Latina e Oriente Médio continuarão sendo áreas de crescimento, conforme o executivo. As informações são da Dow Jones.

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Londres - O HSBC Holdings divulgou um novo plano estratégico hoje e destacou que o banco vai olhar para mercados em crescimento, como os do Brasil e do México, para guiar a futura receita no segmento de varejo. O anúncio foi feito após a empresa divulgar, na segunda-feira, resultados fracos no primeiro trimestre deste ano, que mostraram aumento dos custos e receita estável.

O HSBC planeja cortar custos, se desfazer de negócios e se afastar do segmento de banco de varejo em mercados onde não tem escala. As medidas fazem parte da estratégia do novo executivo-chefe, Stuart Gulliver, para convencer os investidores de que o banco pode obter fortes retornos em meio às condições regulatórias e econômicas difíceis que têm pesado sobre seu lucro.

Os custos em todo o grupo sofrerão cortes entre US$ 2,5 bilhões e US$ 3,5 bilhões nos próximos três anos, por meio de medidas que incluem transferir o desenvolvimento de tecnologia para países com custos mais baixos e reduzir as equipes locais e regionais. O banco também quer emprestar mais recursos de seus depósitos, chegando a uma relação máxima entre empréstimos e depósitos de 90%, ante os atuais 79%. O acesso a clientes ricos em 18 mercados alvos deve acrescentar mais US$ 4 bilhões à receita do banco, segundo Gulliver.

O executivo afirmou que o HSBC vai revisar o negócio de cartões de crédito e a rede de varejo nos EUA, que têm sido as bases da operação do banco no país desde 2003. No entanto, os EUA continuarão sendo importantes para o banco e as operações no país serão reposicionadas, para que possam se alinhar às de outros locais e para que sejam focadas na esperada recuperação do setor industrial norte-americano. Analistas estimam que a venda do negócio de cartões de crédito e de partes da rede de varejo nos EUA poderá levantar US$ 25 bilhões.

O HSBC acredita que, com as medidas, voltará para o caminho certo, em direção às metas de um retorno sobre patrimônio de 12% a 15% e de uma relação entre custo e renda de 48% a 52%. Gulliver observou que os planos também permitirão que o banco se prepare para as regras de Basileia 3, que podem eliminar entre 250 e 300 pontos-base da proporção de capital Tier 1 do HSBC, que é de 10,5% atualmente, caso ações não sejam tomadas. Com os planos, esse efeito será reduzido para 120 pontos-base, segundo o executivo.

A tentativa de cortar os custos destaca os desafios que o HSBC enfrenta em mercados maduros como os EUA e a Europa, além do foco voltado para a Ásia e para mercados emergentes. Gulliver afirmou que 19 das 30 maiores economias do mundo em 2050 serão as que hoje são classificadas como emergentes. A Ásia seguirá sendo o coração do banco, enquanto América Latina e Oriente Médio continuarão sendo áreas de crescimento, conforme o executivo. As informações são da Dow Jones.

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