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Guerra de preços reduziu margens da Positivo, dizem corretoras

Com a crise, empresa não conseguiu repassar todo o impacto da alta do dólar sobre o custo dos componentes importados

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Os resultados da Positivo Informática, maior fabricante de computadores do Brasil, no último trimestre de 2008 ficaram abaixo do esperado segundo as corretoras Brascan e Ativa. Com perdas cambiais e um significativa queda de margens operacionais, a companhia registrou entre outubro e dezembro um prejuízo líquido de 20,2 milhões de reais, contra lucro de 73 milhões no mesmo período do ano passado.

A contração nas vendas da companhia e a forte valorização do dólar frente ao real fizeram com que os estoques de computadores aumentassem, o que provocou uma guerra de preços entre os concorrentes, segundo a Ativa. Com isso, a Positivo recorreu a promoções para baixar os estoques..

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A margem operacional foi diretamente impactada pela guerra de preços. O Ebitda (lucro antes de impostos e amortizações caiu para 27 milhões, com uma margem Ebitda de 5,2% - ou 8,8 pontos percentuais a menos que no mesmo período de 2007.

A crise tornou o crédito mais escasso. Já a alta do dólar encareceu os componentes importados, o que foi parcialmente repassado ao consumidor. Com isso, a receita líquida da empresa sofreu redução de 4,9%, para 528 milhões de reais.

Ambas as corretoras são categóricas em afirmar que as condições do mercado de computadores não são favoráveis no curto prazo e que a instabilidade do câmbio continuará prejudicando o desempenho das ações da empresa.

Outro consenso entre Ativa e Brascan é de que, somente no segundo trimestre de 2009, o volume de vendas e as margens da companhia devem sofrer uma leve recuperação.

A Brascan avaliou um preço-alvo de 9,50 reais por cada ação da fabricante. Às 13h55, os papéis da Positivo estavam em baixa de 1,27%, cotados a 7,75 reais (POSI3).

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