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Governo dos EUA pode assumir fatia majoritária na GM

Com reestruturação, montadora receberia mais 11,6 bilhões de dólares em ajuda

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Após inúmeras tentativas de ajudar a General Motors a se recuperar, o governo dos Estados Unidos pode assumir o controle majoritário da montadora. A ação viria como parte de um plano de reestruturação da empresa que envolve mais unidades fechadas e perdas de postos de trabalho, além de uma oferta de troca de dívida.

Segundo informações do Financial Times, o processo acelerado de reestruturação fará com que a GM feche as portas de mais 13 de suas 47 fábricas até o fim de 2010, o que acarretaria na perda de aproximadamente sete mil empregos.

"O objetivo aqui não é sobreviver. O objetivo é desenvolver um plano operacional que nos permite ganhar", afirmou Fritz Henderson, chefe executivo.

O plano também inclui uma diminuição da dívida da empresa de 44 bilhões de dólares para cerca de 23 bilhões por meio de uma reestruturação no balanço de pagamentos da GM. Com isso, 89% das ações da GM ficariam com o Tesouro e com o UAW (United Auto Workers), permitindo a chegada de mais 11,6 bilhões de dólares em ajuda.

A GM também está oferecendo a seus credores 225 ações ordinárias por cada mil dólares de sua dívida em circulação. A operação, porém, depende da aprovação de 90% dos credores. Caso isso não ocorra até 26 de maio, a companhia afirmou que um pedido de concordata será inevitável.

A equipe de Obama responsável pela tarefa, que vem tentando tomar medidas mais agressivas, afirma que o novo plano reflete o trabalho da GM ao longo dos últimos meses na busca por viabilidade financeira.

"O Tesouro ainda não demonstrou interesse em realmente administrar a companhia. Eles querem garantir que a empresa operará bem para os acionistas e outras constituintes", ressaltou Henderson.
 

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