Exame Logo

Governo e empresas privadas salvaram linha aérea nacional da Suíça

Fusões e reestruturações impõem sacrifícios a acionistas, credores, fornecedores e funcionários mesmo quando governos participam das operações de salvamento. No setor aéreo, o mercado tem o exemplo da Swissair. Fundada em 1931, com a fusão de duas outras empresas, a companhia tornou-se referência ao lançar um novo padrão de qualidade para o transporte aéreo. Ampliou […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Fusões e reestruturações impõem sacrifícios a acionistas, credores, fornecedores e funcionários mesmo quando governos participam das operações de salvamento. No setor aéreo, o mercado tem o exemplo da Swissair. Fundada em 1931, com a fusão de duas outras empresas, a companhia tornou-se referência ao lançar um novo padrão de qualidade para o transporte aéreo. Ampliou suas atividades na Europa e depois no mundo ao longo de 60 anos de uma história de sucesso. Na década de 90, formou o grupo Qualiflyer e investiu numa política expansionista agressiva - que se mostrou desastrosa. O grupo perdeu 1 bilhão de dólares em 2000. Atolado em dívidas no total de 7,5 bilhões de dólares, foi duramente afetado após os atentados de 11 de setembro de 2001. Sem dinheiro para pagar combustível, 15 dias depois dos ataques terroristas nos Estados Unidos, a Swissair teve aeronaves retidas nos aeroportos da Europa e seus vôos foram cancelados. Os bancos credores se recusaram a ceder novos empréstimos e a empresa pediu concordata.

Mas os suíços faziam questão de manter uma bandeira no mercado internacional. Para salvar o que restava da companhia, o governo montou um dos maiores planos de socorro já visto pelo setor. União, autarquias, municípios, empresas públicas e privadas formaram um consórcio, liderado pela Nestlé. O grupo reuniu 1,58 bilhão de dólares em contribuições para constituir o capital de uma nova empresa, a Swiss.

Veja também

Fusões e reestruturações impõem sacrifícios a acionistas, credores, fornecedores e funcionários mesmo quando governos participam das operações de salvamento. No setor aéreo, o mercado tem o exemplo da Swissair. Fundada em 1931, com a fusão de duas outras empresas, a companhia tornou-se referência ao lançar um novo padrão de qualidade para o transporte aéreo. Ampliou suas atividades na Europa e depois no mundo ao longo de 60 anos de uma história de sucesso. Na década de 90, formou o grupo Qualiflyer e investiu numa política expansionista agressiva - que se mostrou desastrosa. O grupo perdeu 1 bilhão de dólares em 2000. Atolado em dívidas no total de 7,5 bilhões de dólares, foi duramente afetado após os atentados de 11 de setembro de 2001. Sem dinheiro para pagar combustível, 15 dias depois dos ataques terroristas nos Estados Unidos, a Swissair teve aeronaves retidas nos aeroportos da Europa e seus vôos foram cancelados. Os bancos credores se recusaram a ceder novos empréstimos e a empresa pediu concordata.

Mas os suíços faziam questão de manter uma bandeira no mercado internacional. Para salvar o que restava da companhia, o governo montou um dos maiores planos de socorro já visto pelo setor. União, autarquias, municípios, empresas públicas e privadas formaram um consórcio, liderado pela Nestlé. O grupo reuniu 1,58 bilhão de dólares em contribuições para constituir o capital de uma nova empresa, a Swiss.

Pilotos aceitaram corte de salários

A companhia, criada em apenas duas semanas, adotou parte das rotas, dos funcionários e das aeronaves da Swissair e da Crossair, uma subsidiária regional. Permaneceram 5 500 dos 7 500 funcionários. Os pilotos da antiga Swissair, os mais bem pagos da Europa, aceitaram trabalhar com um corte de 35% em seus salários. Na época da operação, a União Européia liberou recursos para socorrer outras empresas, mas fez questão de anunciar: não ajudaria companhias que protelavam a solução de problemas financeiros e usavam os atentados como desculpa.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame