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Gol investirá US$ 500 milhões na compra de 15 aviões em 2007

Se o plano for cumprido integralmente, frota da empresa terminará o ano com 80 aeronaves

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

Depois de fechar 2006 com lucros recordes, apesar da turbulência causada pelo apagão do setor aéreo no final do ano, a Gol pretende investir 500 milhões de dólares na aquisição de mais 15 aeronaves em 2007. Se a meta for cumprida, a companhia aérea chegará a dezembro com uma frota de 80 aeronaves, ante as atuais 65. Os planos foram divulgados nesta terça-feira (30/1), em teleconferência à imprensa e analistas de mercado. Segundo o vice-presidente financeiro da empresa, Richard Lark, a Gol possui 121 pedidos de aeronaves, sendo 87 pedidos firmes. "É o maior acordo de compra da Boeing na América Latina e vai permitir a expansão da Gol, para se tornar uma das maiores companhias de baixo custo do mundo", diz Lark.

Além de aumentar a frota, a companhia também vai elevar o número de rotas neste ano. Hoje, foram anunciados dois novos destinos internacionais: Lima, no Peru - com a venda de passagens já iniciada - e Cidade do México, que ainda depende da aprovação de órgãos reguladores. No Brasil, os novos destinos serão Cabo Frio, no Rio de Janeiro, e Marabá, no Pará.

Janeiro

Os primeiros números do ano também reforçam o otimismo da empresa. A média de ocupação do mês de janeiro de 2007, até o dia 29, é de 75%, o que mostra uma recuperação. Nesse período, a Gol vendeu mais de 2 milhões de passagens, o que representa um aumento de 25% nas vendas em relação à dezembro.

Questionado sobre o impacto do boicote das agências de turismo em resposta à redução do comissionamento, o presidente da empresa diz que o impacto foi mínimo. "Nossas vendas continuam bastante fortes. A redução dos nossos custos permite uma diminuição nos preços das passagens, o que permite o crescimento virtuoso das vendas. Muitos agentes já perceberam isso e são nossos parceiros", diz o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior .

Para 2007, a companhia espera um crescimento ainda maior, alavancado pelo estímulo da demanda, através de preços atraentes e do programa de parcelamento Voe Fácil. "O Brasil ainda é um dos países com a mais baixa taxa de ocupação per capita do mundo, portanto existe muito espaço para crescer", diz Lark.

Constantino reforça ainda a importância do comprometimento do governo federal em investir 6 bilhões de reais na aviação, anunciado junto ao Pacote de Aceleração do Crescimento. "Isso é determinante para que o setor continue a registrar taxas de crescimento chinesas", diz.

Prova de fogo

A companhia comemora o bom desempenho do ano, mesmo com o apagão aéreo verificado desde outubro. "A eficiência do nosso programa de negócio foi testada com o gargalo do setor aéreo do último trimestre", afirma Constantino. Dentre as medidas praticadas pela empresa, o presidente cita a alta taxa de horas voadas por avião por dia, mantida acima de 14 horas e a não prática do overbooking desde o início de suas operações, em 2001.

Foi estimada uma redução na receita em aproximadamente 150 milhões de reais e um aumento de custos de 41 milhões de reais com os problemas do setor aéreo no quarto trimestre. Nesse período, a taxa de ocupação média da companhia caiu de 79% -- verificados no terceiro trimestre de 2006 -- para 68%.

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