Fiesp critica monopólio da Petrobras com venda da Gaspetro
Em comunicado, a Fiesp afirmou que a possível venda mantém o monopólio no setor de distribuição de gás com 51% da holding nas mãos da Petrobras
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2015 às 14h07.
São Paulo - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou uma nota nesta criticando a notícia de que a Petrobras está em negociações com a japonesa Mitsui para a venda de 49% da parte de distribuição de gás da Gaspetro para o varejo.
"Isso mantém o monopólio no setor de distribuição de gás, que continuará sob regime estatal, com 51% da holding nas mãos da Petrobras", ressaltou, no comunicado.
Na avaliação da Fiesp, a Petrobras "deveria ter aproveitado a oportunidade para aumentar a eficiência da cadeia de gás natural", que tem importância estratégica na recuperação da atividade industrial do País e na geração de empregos.
"A venda, da forma anunciada, consolida a situação de falta de concorrência na distribuição de gás natural, que é danosa para o preço do produto, importante insumo para a indústria", declarou, dizendo que a venda da fatia da Gaspetro renderá à estatal "menos dinheiro do que poderia."
"Uma estratégia de venda de cada distribuidora individualmente ou em blocos regionais aumentaria significativamente o valor do negócio, além de contribuir para o aumento da concorrência", sugeriu a Fiesp, reforçando sua posição de que a Petrobras se restrinja a atuar na área de exploração e produção e deixe a operação da malha de gasodutos e a distribuição de gás natural, já que o atual modelo tira a perspectiva de ter o gás natural como fator de competitividade da indústria nacional.
"Obviamente, o resultado seria mais efetivo se a Petrobras vendesse, neste momento, 100% de sua participação nas distribuidoras, concentrando-se na produção de petróleo e gás, que é sua atividade-fim", afirmou a Fiesp, atribuindo a frase ao seu presidente, Paulo Skaf.
São Paulo - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou uma nota nesta criticando a notícia de que a Petrobras está em negociações com a japonesa Mitsui para a venda de 49% da parte de distribuição de gás da Gaspetro para o varejo.
"Isso mantém o monopólio no setor de distribuição de gás, que continuará sob regime estatal, com 51% da holding nas mãos da Petrobras", ressaltou, no comunicado.
Na avaliação da Fiesp, a Petrobras "deveria ter aproveitado a oportunidade para aumentar a eficiência da cadeia de gás natural", que tem importância estratégica na recuperação da atividade industrial do País e na geração de empregos.
"A venda, da forma anunciada, consolida a situação de falta de concorrência na distribuição de gás natural, que é danosa para o preço do produto, importante insumo para a indústria", declarou, dizendo que a venda da fatia da Gaspetro renderá à estatal "menos dinheiro do que poderia."
"Uma estratégia de venda de cada distribuidora individualmente ou em blocos regionais aumentaria significativamente o valor do negócio, além de contribuir para o aumento da concorrência", sugeriu a Fiesp, reforçando sua posição de que a Petrobras se restrinja a atuar na área de exploração e produção e deixe a operação da malha de gasodutos e a distribuição de gás natural, já que o atual modelo tira a perspectiva de ter o gás natural como fator de competitividade da indústria nacional.
"Obviamente, o resultado seria mais efetivo se a Petrobras vendesse, neste momento, 100% de sua participação nas distribuidoras, concentrando-se na produção de petróleo e gás, que é sua atividade-fim", afirmou a Fiesp, atribuindo a frase ao seu presidente, Paulo Skaf.