Mesmo enfrentando problemas climáticos que comprometeram parte da safra, o Brasil encerrou 2004 com 370 milhões de dólares em exportações de frutas. O valor é recorde e representa um incremento de 10% sobre o ano retrasado. Já o volume embarcado subiu 5% e fechou em 850 mil toneladas.

A quebra das safras de mamão, no Espírito Santo, e de uva, melão e manga, no Nordeste, devido a fatores climáticos, ameaçou o desempenho das exportações do setor, no ano passado. Mas o resultado foi garantido pelo incremento de 92% nas vendas de maçãs, que subiram de 37,8 milhões de dólares para 72,5 milhões. Em volume, o incremento foi ainda maior: 112%, passando de 76,4 mil toneladas embarcadas para 153 mil.

As exportações brasileiras de frutas cresceram cerca de 200% nos últimos seis anos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf). Apesar da expansão e de ser o terceiro maior produtor mundial de frutas frescas, atrás apenas da China e da Índia, o país ainda responde por uma pequena parcela do comércio internacional do setor.

No ano passado, as transações brasileiras representaram 1,6% das exportações mundiais e 2% em volume. O Brasil é o 20º maior exportador, num mercado que movimenta cerca de 21 bilhões de dólares por ano, o que corresponde ao consumo de aproximadamente 40 milhões de toneladas.

Segundo o Ministério da Agricultura e o Ibraf, a fruticultura brasileira pode elevar em 20% o volume exportado em 2005, caso não haja novas quebras de safra. Até 2010, a meta do governo é elevar as exportações de frutas frescas para 1 bilhão de dólares por ano. Os fruticultores e o ministério estão desenvolvendo, em conjunto, programas de melhoria das condições sanitárias de processamento das frutas, modernização da colheita e divulgação dos produtos no exterior.