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Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.
Jean-Marie Messier, ex-presidente do conselho do grupo francês Vivendi Universal, foi detido pela polícia nesta segunda-feira (21/6) em Paris e pode permanecer sob custódia por até 48 horas, informa o site do jornal britânico Financial Times.
A detenção foi solicitada pela força policial especializada em crimes financeiros para que Messier, 47 anos de idade, preste esclarecimentos sobre supostas irregularidades na recompra de ações do grupo de mídia e telecomunicações. O executivo foi forçado a deixar o comando da Vivendi em julho de 2002, quando o conselho do grupo descobriu que a Vivendi estava à beira de uma crise de caixa, em decorrência de bilionárias recompras, conduzidas secretamente. Ao todo, calcula o FT, a Vivendi teria gasto mais de 10 bilhões de euros recomprando suas próprias ações para impulsionar a cotação.
As investigações foram iniciadas em outubro de 2002, a pedido de uma associação de acionistas minoritários, sob a alegação de que o grupo havia publicado relatórios falsos em 2001 e 2002.
A Securities and Exchange Comission americana, similar à Comissão de Valores Mobiliários brasileira, já havia multado a Vivendi em 50 milhões de dólares no final do ano passado, e proibido Messier de participar de conselhos de empresas americanas por 10 anos. A Comissão de Operações de Bolsa, francesa, concluiu que os relatórios divulgados pelo grupo têm sido "inexatos, imprecisos, e induzem a erro".
O advogado de Messier, diz o FT, afirma que as operações foram autorizadas, inclusive por escrito.