Ela criou a 'Zara do Espírito Santo' com R$ 12 mil após ser demitida. Hoje, fatura R$ 12 milhões
A cada duas semanas, cerca de 40 novas peças são produzida pela fast fashion Closet Collection
Repórter de Negócios
Publicado em 20 de junho de 2023 às 14h50.
Última atualização em 20 de junho de 2023 às 17h10.
Todos os dias as vendedoras da Closet Collection e de outras 100 lojas revendedoras enviam fotos dos novos modelos para as clientes. Listas de transmissão e grupos no WhatsApp com vantagens nas compras são algumas estratégias adotadas pela marca para ter conter diário com o público.
A cada duas semanas, cerca de 40 novas peças são produzidapela fast fashion apelidada de 'Zara capixaba' por um consultor que atendeu a empreendedora Márcia Santos. A marca que começou com R$ 12 mil faturou R$ 12 milhões no último ano. A expectativa é aumentar a rentabilidade de 13% para 20% em 2023.
- Presidente da Light Sesa, Thiago Guth, renuncia ao cargo
- Eletrobras prevê demitir mais de 1.500 funcionários em segundo PDV desde privatização
- CFO da Disney, Christine McCarthy, deixa o cargo
- WhatsApp fora do ar? Usuários relatam instabilidade em aplicativos
- IGP-M: inflação do aluguel tem deflação na 2ª prévia de junho
- JBS (JBSS3) anuncia R$ 2,2 bilhões em dividendos: veja quem tem direito
"Ele estava falando da grande quantidade de peças da Closet. O que poderia ser um desfeito da marca, na verdade é uma qualidade. Não trabalhamos com coleção programada e conseguimos atender muito bem nossas clientes".
Como a 'Zara capixaba' foi criada
A empreendedora Márcia Santos sempre gostou de moda, mas só decidiu criar o próprio depois de ser demitida do banco no qual trabalhava em 2012.Ela usou o dinheiro da rescisão, cerca de de R$12 mil, para abrir sua loja de roupas.
“Eu tinha acabado de ser demitida e precisava fazer algo para dar a volta por cima. Como sempre tive vontade de empreender, decidi que iria arriscar e dar o pontapé que faltava para alcançar esse sonho. Foi quando peguei toda a minha rescisão trabalhista e investi naquele projeto. Medo não faltou, mas fui assim mesmo”, diz a empreendedora.
- VEJA TAMBÉM:Com viagens de ônibus em alta, dona da Cometa aporta R$ 500 milhões em aumento recorde de sua frota
No início, Márcia comprava roupas em São Paulo e vendia no Espírito Santo. As redes sociais sempre fizeram parte de sua estratégia de vendas. No Instagram, a marca tem 520 mil seguidores. Depois de quatro anos, a empreendedora decidiu começar a fabricar as próprias peças.
"Eu demorei um pouco para ter um negócio saudável e rentável, é preciso ter paciência. Em diversos momentos quis abrir mão de tudo, mas a minha resiliência não deixou".
Como o negócio funciona
As peças da Closet Collection são fabricadas em um espaço de 250 metros quadrados em Cariacica, na Região Metropolitana da Grande Vitória.
A maioria das peças são de linho e o ticket médio é de R$ 400. A empreendedora diz não se preocupar com a concorrência das gigantes asiáticas, como Shein e Shopee.
"Acredito que meu público não queira peças descartáveis, acho que é uma parcela pequena que consome esse tipo de roupa. Não tem jeito, roupas com qualidade vai ter um um preço mais alto", diz a empreendedora.
- VEJA TAMBÉM:Atacarejos são a bola da vez, mas ele prefere supermercados — e criou aí um negócio bilionário
Há cinco anos, a marca tem um e-commerce próprio, mas a maior parte das vendas é feita nas redes sociais e nas 100 lojas multimarcas que contam com produtos da marca. A Closet Collection atende todo o Brasil, apesar de não tem loja física própria.
A grande virada do negócio aconteceu em 2021. A demanda explodiu durante a pandemia, quando o faturamento cresceu 44% e a marca passou a produzir cerca de 6 mil peças são produzidas por mês. Hoje, o foco é melhorar a gestão do negócio para impulsionar a rentabilidade.