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EDP espera concluir reestruturação no Brasil ainda no 1º semestre

Meta é fechar o capital das três distribuidoras e transferir os acionistas minoritários para a holding em no máximo 60 dias

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O grupo Energias de Portugal (EDP), antiga Eletricidade de Portugal, espera concluir seu programa de reestruturação no Brasil em no máximo 60 dias. A meta é fechar o capital de suas distribuidoras no país Bandeirante, em São Paulo, Escelsa, no Espírito Santo, e Enersul, no Mato Grosso do Sul e transferir os acionistas minoritários para a holding, que terá seu capital aberto na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Neste momento, o grupo está fazendo a reavaliação dos ativos das distribuidoras para elaborar uma proposta de troca de ações para os minoritários.

Jorge Godinho, presidente do Conselho de Administração, e António da Costa, presidente da subsidiária brasileira, não comentam a possibilidade de uma oferta pública primária ao final da reestruturação. O programa de troca de ações não inclui a Cerj, distribuidora do Rio de Janeiro, onde a matriz do grupo EDP tem uma pequena participação. "Não consideramos a Cerj um ativo estratégico para as operações da Energias do Brasil [novo nome da EDP Brasil]", disse o presidente da subsidiária. A participação tende a ser vendida, assim como ocorreu com a Termoelétrica Fafen, instalada no Pólo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, que está sendo negociada com a Petrobras.

Na manhã desta segunda-feira (4/4), a diretoria do grupo apresentou a nova marca da empresa. "O Brasil é um dos pilares do desenvolvimento do grupo EDP e acreditamos que existem novas oportunidades de investimentos aqui", disse Godinho. "A nova marca é uma expressão dessa crença."

Geração

A empresa quer reforçar sua participação na área de geração e neste momento estuda a construção de quatro usinas hidrelétricas em pelo menos duas delas, Ipueiras e Mirador, ambas no rio Tocantins, tenta fechar uma parceria com Furnas. "Interessa avaliar oportunidades na geração para fazer uma composição de nossa receita, muito dependente da distribuição", disse Godinho. A distribuição tem um enorme peso no resultado do grupo no Brasil -- responde por cerca de 90% da receita de 4,9 bilhões de reais registrada no ano passado. No mesmo período, o lucro foi de 107 milhões de reais.

O grupo já opera em sociedade com a estatal na construção da hidrelétrica de Peixe Angical, também no Tocantins, uma obra avaliada em 1,5 bilhão de reais. Energias tem 60% do empreendimento e Furnas, 40%. Pelo cronograma, a primeira turbina de Peixe Angical deve entrar em operação em maio de 2007. A usina terá capacidade instalada de 452 megawatts (MW).

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