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Divergência entre Brasil e Equador já respinga na Embraer

BNDES pode cortar financiamento de US$ 261 mi para venda de 24 aviões Supertucano ao Equador

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve desistir de financiar a venda de aviões da Embraer ao Equador, segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo". O banco de fomento brasileiro deveria liberar 261 milhões de dólares para o governo equatoriano comprar 24 aviões Supertucano da Embraer. A decisão brasileira seria uma reação ao calote ensaiado nos últimos dias pelo presidente do Equador, Rafael Correa, ao banco estatal. Correa afirma que não vai pagar uma dívida de 243 milhões de dólares referente à construção da usina hidrelétrica de San Francisco, obra liderada pela construtora Norberto Odebrecht no Equador.

Para a corretora Socopa, a decisão do BNDES deve ter impacto negativo nas ações da fabricante brasileira de aviões no curto prazo. “Consideramos a notícia negativa para a Embraer, pois o negócio pode tornar-se inviável diante da saída do BNDES." Às 12h12, as ações ordinárias da empresa negociadas na Bovespa subiam 1,25%, para 8,10 reais. A corretora lembra, no entanto, que a Embraer ainda não se manifestou e que só poderia revisar o preço-justo para os papéis caso a venda seja realmente cancelada.

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Segundo o jornal “Estado de S. Paulo”, a Embraer espera que o governo equatoriano encontre outro financiador para os aviões. O negócio foi anunciado no início do ano pelo ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, e pelo presidente daquele país, Rafael Correa. De lá para cá, as relações entre Brasil e Equador pioraram bastante. Como o acordo de financiamento do BNDES foi acertado, mas não foi assinado, Brasília teria decidido tirar o banco da operação.

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