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Consórcio do setor médico e odontológico eleva exportações em 73%

Grupo que reúne empresas concorrentes no mercado interno faturou, até setembro deste ano, 3,8 milhões de dólares com vendas externas, que devem crescer em 2005 com entrada nos mercados da UE, Rússia, Turquia e Índia

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O Brazilian Health Products (BHP), consórcio que reúne dez empresas do setor médico e odontológico da região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, exportou 73% a mais do que o ano passado. Até setembro, foram 3,8 milhões de dólares - e um faturamento total de 25 milhões.

Ganhar mercado externo é o principal objetivo dos chamadosclusters. No caso do BHP, as empresas que integram o grupo são parceiras para vender fora do Brasil, mas são concorrentes no mercado interno. "Trata-se de um consórcio de promoção", diz André Mere, diretor-geral de duas empresas participantes - a JP, do segmento de soros, e a Olidef CZ, de aparelhos hospitalares. "Nem todas as iniciativas como essa dão certo porque o empresário brasileiro ainda se incomoda quando senta à mesa ao lado do maior concorrente", diz Maurício Penha , gerente-geral do BHP.

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Segundo ele, o que importa é a disseminação da cultura exportadora - o compromisso das participantes de que parte de sua produção será sempre direcionada para mercados externos. "Feito esse direcionamento, ele não pode ser quebrado de jeito nenhum." Nos três anos de atuação, cada integrante do BHP abriu de cinco a dez mercados por ano. "O mais importante é que esses novos mercados têm sido mantidos", diz Penha.

Outra iniciativa conjunta é o investimento em qualidade. Segundo Penha, quando o BHP foi criado, 20% das fundadoras tinham certificado de qualidade. "Hoje todas têm algum tipo de certificação", diz. A JP, por exemplo, conseguiu recentemente o CE Mark (selo de "Conformité Européene", ou conformidade européia), para as bolsas de sangue que produz. O mesmo se aplica aos equipamentos para maternidades da Olidef CZ.

Com a certificação, que consumiu investimento de 1 milhão de reais das empresas, está garantido acesso a um mercado de 430 milhões de pessoas, além de entrada em países que reconhecem o padrão europeu, como Rússia, Índia e Turquia. Hoje cerca de 10% do faturamento das duas empresas vem de exportações para 25 países. Com o selo europeu, projetam elevar a participação das vendas externas para um quarto da receita.

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