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Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.
As condutas adotadas pelo grande varejo brasileiro são unilaterais e restritivas e representam abuso do poder compra. É uma das conclusões de estudo encomendado pelo Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ao departamento de consultoria da Fundação Getúlio Vargas (FGV-GVConsult). O estudo foi apresentado hoje (1º/6) na sede da Fiesp.
Com 25 páginas, o trabalho assinado pelos economistas Gesner Oliveira e Eduardo Luiz Machado busca identificar as diferentes formas de exercício do poder de mercado e como elas vêm sendo utilizadas no relacionamento entre fornecedores e varejistas.
As concessões especiais que as grandes redes extraem de seus fornecedores, diz o texto, não são justificadas por qualquer argumento de aumento da eficiência e da competitividade dos lojistas e representam efeitos adversos sobre a concorrência em toda a cadeia produtiva. Segundo o estudo, a redução de preços ao consumidor não ocorreu de forma homogênea e, além disso, "qualquer tentativa de argumentação por parte do fornecedor é punida com o término da relação comercial".
Concentração do faturamento bruto em grandes varejistas (%) | |||||||
1996
|
1997
|
1998
|
1999
|
2000
|
2001
|
2002
| |
5 maiores |
26,14
|
27,40
|
33,04
|
39,23
|
40,80
|
39,10
|
38,80
|
20 maiores |
40,44
|
41,60
|
46,01
|
49,89
|
51,90
|
51,10
|
50,90
|
Fonte: Superhiper(2003)/Impactos Verticais da Concentração do Setor Varejista Brasileiro/FGV-GVConsult |