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Compras de controle lideram fusões e aquisições até setembro

Aquisição de controle de capital é o principal negócio realizado no ano. Interesse estrangeiro por esse tipo de operação voltou a crescer

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O interesse de investidores estrangeiros em comprar empresas brasileiras ou, pelo menos, adquirir seu controle, foi o principal responsável pelo aumento das operações de fusões e aquisições entre janeiro e setembro. A conclusão é de relatório da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC), que aponta que a participação estrangeira em operações de aquisição está crescendo em 2004, após quatro anos de queda.

Nos nove primeiros meses do ano, foram registrados um total de 275 transações no Brasil, entre fusões, aquisições, parcerias. O número é 11,78% maior que os 246 negócios registrados em igual período do ano passado. As aquisições de controle de capital somaram 148 até setembro, volume 10,45% superior às 134 de igual intervalo de 2003 (leia também reportagem de EXAME sobre como essas operações estimulam os escritórios especializados em direito internacional).

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As transações de controle de capital também representaram 54% dos negócios até setembro, percentagem um pouco abaixo dos 56% do período de comparação. Segundo a PwC, o recuo deve-se a uma influência pontual: o crescimento do número de joint ventures no terceiro trimestre, estimulado pela sexta rodada de licitações da Agência Nacional de Petróleo (ANP). As joint ventures responderam por 22% do total de transações até setembro, contra 15% no ano passado.

Estrangeiros

A PwC também destacou que este é o primeiro ano de crescimento da participação de investidores estrangeiros na aquisição do controle de empresas brasileiras. Depois de atingirem um pico de 70% de participação nesse tipo de transação, os estrangeiros foram recuando até 31% de presença em 2003.
Em 2004, porém, os resultados até setembro mostram que eles voltaram a se interessar pelo país e já respondem por 44% das compras de controle acionário. A porcentagem é a mesma de 2001. Em números absolutos, as empresas estrangeiras lideraram 65 aquisições de controle entre janeiro e setembro, número 55% maior que as 42 de igual período do ano passado.

Eles também estão mais presentes nas joint ventures fechadas neste ano. Até setembro, os estrangeiros participaram de 67% dessas operações, contra 58% em 2003. Em 1999, em pleno processo de privatização das estatais brasileiras, essa fatia chegou a bater em 85%.

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