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Como a Usiminas virou outra vítima do dólar neste trimestre

Valorização do dólar frente ao real corroi contas, e Usiminas fecha o período no vermelho

Linha da Usiminas: dólar caro derreteu os resultados da empresa neste trimestre (Divulgação/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2012 às 20h03.

São Paulo – A Usiminas é a mais nova vítima da valorização do dólar neste segundo trimestre. A alta da moeda americana foi a principal responsável pela corrosão dos números da siderúrgica – a ponto de fazê-la fechar com um prejuízo líquido de 87 milhões de reais entre abril e junho.

O impacto do dólar está expresso na conta do resultado financeiro líquido da empresa. No segundo trimestre do ano passado, essa linha era positiva em 45,615 milhões de reais. Neste trimestre, ela representou perdas de 255,660 milhões de reais. E, para piorar, a cifra significou um aumento de mais de dez vezes sobre as perdas de 22,835 milhões do primeiro trimestre.

“Este resultado pode ser atribuído, principalmente, à valorização do dólar frente ao real, de 10,9% no 2T12 [segundo trimestre de 2012]”, afirmou a Usiminas no material de divulgação de resultados.

Corrosivo

A maior fatia das perdas financeiras líquidas foi contabilizada como “efeitos cambiais”. Nesta conta, foi lançado um prejuízo de 199,576 milhões de reais. Para se ter uma ideia, no primeiro trimestre, a conta era vermelha em apenas 2,561 milhões de reais. E, no segundo trimestre de 2011, era positiva em 71,152 milhões.

A empresa ressalta, porém, que as perdas tiveram efeito contábil, e não sobre o seu caixa. Traduzindo: não representaram saída efetiva de dinheiro da Usiminas.

Foram essas linhas que carcomeram os números da Usiminas neste trimestre, já que a receita líquida cresceu 6,5%, para 3,225 bilhões de reais, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Cinto apertado

É verdade que os custos de produção subiram 18% na mesma comparação, totalizando 3,066 bilhões de reais, mas isso não impediu que a Usiminas obtivesse um lucro bruto de 158,310 milhões de reais, ante 420,052 milhões na comparação.

A siderúrgica até segurou os custos operacionais o quanto pode. As despesas antes do resultado financeiro caíram 19%, para 159,082 milhões de reais. Mas a economia não foi suficiente para anular o efeito do dólar nas últimas linhas das demonstrações financeiras.

O resultado final foi o prejuízo líquido de 86,512 milhões de reais, ante 156,599 milhões no mesmo período do ano passado. E maior que as perdas de 36,8 milhões do primeiro trimestre. Não houve estrutura de aço capaz de sustentar as contas da Usiminas, nos últimos meses.

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São Paulo – A Usiminas é a mais nova vítima da valorização do dólar neste segundo trimestre. A alta da moeda americana foi a principal responsável pela corrosão dos números da siderúrgica – a ponto de fazê-la fechar com um prejuízo líquido de 87 milhões de reais entre abril e junho.

O impacto do dólar está expresso na conta do resultado financeiro líquido da empresa. No segundo trimestre do ano passado, essa linha era positiva em 45,615 milhões de reais. Neste trimestre, ela representou perdas de 255,660 milhões de reais. E, para piorar, a cifra significou um aumento de mais de dez vezes sobre as perdas de 22,835 milhões do primeiro trimestre.

“Este resultado pode ser atribuído, principalmente, à valorização do dólar frente ao real, de 10,9% no 2T12 [segundo trimestre de 2012]”, afirmou a Usiminas no material de divulgação de resultados.

Corrosivo

A maior fatia das perdas financeiras líquidas foi contabilizada como “efeitos cambiais”. Nesta conta, foi lançado um prejuízo de 199,576 milhões de reais. Para se ter uma ideia, no primeiro trimestre, a conta era vermelha em apenas 2,561 milhões de reais. E, no segundo trimestre de 2011, era positiva em 71,152 milhões.

A empresa ressalta, porém, que as perdas tiveram efeito contábil, e não sobre o seu caixa. Traduzindo: não representaram saída efetiva de dinheiro da Usiminas.

Foram essas linhas que carcomeram os números da Usiminas neste trimestre, já que a receita líquida cresceu 6,5%, para 3,225 bilhões de reais, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Cinto apertado

É verdade que os custos de produção subiram 18% na mesma comparação, totalizando 3,066 bilhões de reais, mas isso não impediu que a Usiminas obtivesse um lucro bruto de 158,310 milhões de reais, ante 420,052 milhões na comparação.

A siderúrgica até segurou os custos operacionais o quanto pode. As despesas antes do resultado financeiro caíram 19%, para 159,082 milhões de reais. Mas a economia não foi suficiente para anular o efeito do dólar nas últimas linhas das demonstrações financeiras.

O resultado final foi o prejuízo líquido de 86,512 milhões de reais, ante 156,599 milhões no mesmo período do ano passado. E maior que as perdas de 36,8 milhões do primeiro trimestre. Não houve estrutura de aço capaz de sustentar as contas da Usiminas, nos últimos meses.

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