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Comgás pede autorização para reajuste extraordinário do gás

Empresa diz que seu caixa teve impacto negativo de R$ 263,8 milhões com alta do dólar e demora para repasse da queda do petróleo

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A Comgás, maior distribuidora de gás paulista, informou nesta terça-feira que pediu à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) autorização para um reajuste extraordinário de suas tarifas de gás. Em nota, a empresa afirma que sofre automaticamente o impacto da alta do dólar porque a moeda americana serve de referência para os contatos de suprimento de gás da Petrobras para a Comgás.

No entanto, a empresa diz que há uma defasagem para que a queda dos preços do petróleo no mercado internacional seja repassada às tarifas do gás, já que a Petrobras leva em conta as cotações do barril até seis meses antes do fornecimento.

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Esse descasamento de gera créditos para a Comgás. O contrato de concessão da Comgás estabelece que as distorções serão integralmente recuperadas por meio de ajustes periódicos das tarifas. Após a autorização da Arsesp, a empresa ganha o direito de repassar o aumento dos custos do gás fornecido pela Petrobras ao seus próprios consumidores.

No entanto, a Comgás diz que precisa de um reajuste extraordinário neste momento, já que as variações do custo do gás provocaram até o final de setembro um impacto negativo de 263,8 milhões de reais no seu fluxo de caixa. No pedido enviado à Arsesp em 17 de outubro, a empresa pediu a autorização para que seja feito o reajuste ainda neste ano e lembrou que medidas como essa já foram autorizadas no passado. "Essa proteção foi requerida pela Comgás fundada no equilíbrio econômico-financeiro de seu contrato de concessão", diz a nota.

A empresa informa que até o momento não há decisão do governo do estado sobre o assunto. A Arsesp diz que ainda não há decisão sobre pedido nem data marcada para uma reunião conclusiva sobre o assunto.

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