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Começam as negociações para a fusão Aventis-Novartis

A tentativa hostil da francesa Sanofi-Synthélabo de adquirir a concorrente também francesa Aventis por 48 bilhões de euros pode estar mais perto de naufragar. A gigante suíça Novartis anunciou nesta quinta-feira (22/4) que irá iniciar as negociações para se fundir à cobiçada empresa. Em resposta ao anúncio, a Aventis declarou que está aberta para estudar as […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

A tentativa hostil da francesa Sanofi-Synthélabo de adquirir a concorrente também francesa Aventis por 48 bilhões de euros pode estar mais perto de naufragar. A gigante suíça Novartis anunciou nesta quinta-feira (22/4) que irá iniciar as negociações para se fundir à cobiçada empresa.

Em resposta ao anúncio, a Aventis declarou que está aberta para estudar as condições que podem viabilizar o negócio, mas que não há garantias de que ele será concretizado.

À medida que a Novartis intensifica os esforços para se juntar à Aventis, cresce também a pressão para que a Sanofi-Synthélabo aumente o valor da oferta de compra pela rival francesa. Uma tarefa difícil, se levado em conta o poder de fogo da Novartis, com mais dinheiro em caixa. O laboratório também tem a seu favor o argumento de que com a fusão, os dois laboratórios envolvidos reduziriam custos operacionais.

Pendendo para o lado da Sanofi está o nacionalista governo da França, mais interessado em criar um gigante exclusivamente francês.

Temendo as interferências do governo da França, a Novartis afirmou que só faria uma oferta de compra pela Aventis se ele se mantivesse neutro. Um dos ministros do país, entretanto, já afirmou que será impossível para o governo manter-se imparcial na situação. E algumas provas disso já estão vindo à tona.

O primeiro ministro do país, Jean-Pierre Raffarin, disse que o governo vai usar a lei de segurança nacional e de saúde pública para garantir vacinas da Aventis para a França. Também não está descartado o uso de estratégias como a de bloquear a fusão entre as empresas na justiça, ou deixar que ela seja criada e depois pressioná-la reduzindo as tarifas que paga pelos medicamentos. Muitos advogados, porém, afirmam que essas ações podem acabar fazendo com que o governo do país vá contra a legislação da União Européia.

Se concretizada a fusão Novartis-Aventis, quem estará mesmo a perigo é a própria Sanofi, que nunca escondeu que quer comprar a rival francesa para ficar menos vulnerável aos ataques de competidores maiores como o inglês GlaxoSmithKline ou o americano Pfizer.

 

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