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Cogna e Ser divulgam resultados enquanto buscam estratégias para a crise

Investidores estão atentos ao plano das empresas para minimizar as perdas com a covid-19, que levou ao fechamento de escolas e faculdades

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Aula da Ser Educacional: uso do EaD por outras instituições pode trazer uma visão mais positiva sobre a modalidade no longo prazo (Ser/Divulgação)

Aula da Ser Educacional: uso do EaD por outras instituições pode trazer uma visão mais positiva sobre a modalidade no longo prazo (Ser/Divulgação)

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Redação EXAME

Publicado em 27 de março de 2020 às, 05h59.

Última atualização em 27 de março de 2020 às, 07h15.

Não se passaram nem três meses, mas a devastadora pandemia do novo coronavírus mudou tanto a maneira de viver e as perspectivas para a sociedade e a economia que faz 2019 parecer muito longínquo. Mais ainda para as instituições de ensino.

Nesta sexta-feira, 27, a Cogna (ex-Kroton) e a Ser Educacional divulgam seus balanços do quarto trimestre do ano passado. Para os investidores, porém, o que interessa é a estratégia das empresas para minimizar as perdas com a covid-19, que as obrigou a fechar escolas e faculdades nas últimas semanas.

O ano de 2019 não foi exatamente fácil para o setor de educação. O encolhimento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) prejudicou o faturamento das empresas. Mas, com um grande esforço de corte de custos, os analistas esperam que tenham registrado um aumento nos ganhos.

Segundo cálculos do banco de investimentos americano Goldman Sachs, as receitas da Cogna devem ter recuado 4,1% no ano passado ante 2018, para 7,12 bilhões, enquanto a geração de caixa deve ter crescido 11%, para 2,64 bilhões de reais. As receitas da Ser devem ter crescido no mesmo período 1%, para 1,3 bilhão de reais, com alta de 8% na geração de caixa, para 65,9 milhões de reais.

Complicado mesmo está o cenário para 2020. Os especialistas estimam que a geração de caixa das instituições de ensino vai cair em média 20% neste ano em relação a 2019. Em maior ou menor grau, as aulas presenciais de todos os níveis têm sido substituídas por aulas pela internet, o que diminui o risco de desistência dos estudantes.

Ainda não sabe, porém, como vai ficar o ritmo de atração de novos alunos. Uma das preocupações pode ser a desaceleração da economia e potencial alta no desemprego no Brasil, o que pode aumentar o grau de desistência da graduação pelos alunos  mais pobres (boa parte dos clientes da EaD). São as informações a respeito dessa estratégia que o mercado financeiro busca nas teleconferências que a Cogna e a Ser vão realizar hoje, após divulgarem seus resultados.

Dependendo da agilidade de cada empresa em se adaptar aos novos tempos, as ações do setor podem ser uma boa oportunidade. “As recentes quedas dos papeis na bolsa já incorporam o pior cenário para as companhias”, analistas do banco Santander Brasil escreveram em relatório a clientes. Desde o pico em 15 de janeiro neste ano, as ações da Cogna já perderam 54%, tendo terminado a quinta-feira vendidas a 5,85 reais na B3. As da Ser recuaram 36% neste ano, para 18,22 reais.

Ao acelerar o processo de digitalização da educação, forçando as empresas a ser mais criativas no material que oferecem aos alunos, a pandemia pode até ter efeitos positivos para as instituições de ensino no longo prazo. No curto, assim como as de outros setores, essas companhias vão precisar mostrar habilidade para navegar na tormenta.

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