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Cialis ultrapassa Viagra em número de receitas

Perto do aniversário de um ano do lançamento do medicamento para disfunção erétil Cialis no Brasil, o laboratório Eli Lilly, faz barulho com uma nova informação sobre o desempenho do produto no mercado: o Cialis já seria o medicamento para disfunção erétil favorito dos urologistas do país. A prova disso é que em janeiro ele respondeu […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Perto do aniversário de um ano do lançamento do medicamento para disfunção erétil Cialis no Brasil, o laboratório Eli Lilly, faz barulho com uma nova informação sobre o desempenho do produto no mercado: o Cialis já seria o medicamento para disfunção erétil favorito dos urologistas do país. A prova disso é que em janeiro ele respondeu por 49,4% das receitas prescritas por esses especialistas. O dado é da Close-UP, empresa de pesquisa que mede o desempenho dos medicamentos nos consultórios médicos por meio do volume de receitas que chegam às farmácias.

Segundo a pesquisa, o Viagra, da Pfizer, o medicamento mais vendido do Brasil e carro-chefe do laboratório no país, foi o terceiro na preferência das receitas. Em janeiro, ele teve 27% das prescrições, e ficou atrás do Levitra, o concorrente dos laboratórios europeus Bayer e GlaxoSmith Kline, também prestes a completar um ano de chegada às farmácias brasileiras.

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Se consideradas as receitas prescritas por médicos de todas as especialidades, e não só pelos urologistas - categoria que conta com cerca de 3 500 profissionais no país, o Cialis também já é o mais prescrito. Em janeiro, ele teve 41% das prescrições, seguido pelo Levitra, com 32%, e pelo Viagra, com 27%.

Nesta semana, a Lilly teve ainda mais uma boa notícia: o Cialis empatou com o Viagra nas prescrições segundo o Inestra, um instituto de pesquisa brasileiro que até janeiro deste ano apontava a liderança ao Viagra.

Fora do Brasil, o laboratório também tem exibido números favoráveis. Na Austrália, por exemplo, o Cialis teve 40% das prescrições de medicamentos para disfunção erétil em janeiro. Na França, 37,5%.

"Isso é resultado das qualidades do produto e do nosso trabalho em conseguir mostrá-las para a classe médica", diz Cláudio Coracini, diretor de marketing da Lilly.

Ainda assim, a predominância do Cialis nas prescrições, sobretudo no Brasil, deve ser observada com algumas ressalvas. Lá fora, liderança nas prescrições se reverte em liderança também nas vendas do produto nas farmácias. Aqui, embora seja lanterninha nas prescrições, o Viagra ainda é o mais vendido. Isso porque, ao contrário do que acontece nos Estados Unidos, na Austrália e na Europa, o consumidor brasileiro consegue comprar os comprimidos sem ter em mãos uma receita médica.

Em fevereiro, segundo a IMS Health, empresa que audita o mercado farmacêutico, a pílula da Pfizer teve 64,4% de participação de mercado. O Cialis, 28,3%, e o Levitra, 7,1%.

"Como o maior volume desses medicamentos é adquirido sem que o consumidor tenha passado antes pelo médico, a liderança é de quem tem a marca mais forte", diz um consultor do mercado farmacêutico. Além disso, lembra ele, é normal que os medicamentos  ganhem a preferência dos médicos nos primeiros meses após seu lançamento. "Eles também gostam das novidades", diz. "Ainda mais nesse caso, em que o Viagra foi a única opção de prescrição por quatro anos".

Os executivos da Pfizer afirmam que a baixa do Viagra entre os médicos não é motivo de alegria, mas que ela é temporária. "A relação entre receita médica e venda nas farmácias voltará a ficar mais equilibrada", diz Jurandir Sestari, gerente de saúde do homem e da mulher da Pfizer.

No ano passado, o mercado brasileiro de medicamentos para disfunção erétil cresceu 38% em relação a 2002, e movimentou 90 milhões de dólares.

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