Casino pede para governo desistir de fusão Pão de Açucar/Carrefour
O presidente de Casino, Jean Charles Naouri, se reuniu nesta segunda-feira no Rio de Janeiro com o titular do BNDES, Luciano Coutinho
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2011 às 19h40.
Rio - O grupo francês Casino pediu para o Governo desistir de participar da eventual fusão do Carrefour e do Pão de Açúcar, informou nesta segunda-feira a imprensa local.
O presidente de Casino, Jean Charles Naouri, se reuniu nesta segunda-feira no Rio de Janeiro com o titular do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. O plano de fusão entre o Carrefour e o Pão de Açúcar contempla a participação do BNDES que investiria R$ 4,5 bilhões.
Naouri e Coutinho saíram sem dar declarações à imprensa, mas a edição digital do jornal Folha de S.Paulo revelou que o representante do Casino, sócio do Pão de Açúcar e rival do Carrefour, pediu ao Governo que não intervenha na negociação.
Na sexta-feira, Coutinho se reuniu com Abílio Diniz, presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar e, segundo a imprensa local, a intervenção do Governo se realizaria mediante a compra de ações que garantam maioria de capital brasileiro para o controle da nova empresa.
Casino anunciou na semana passada um aumento de 6,2% de sua participação nas ações preferenciais do Grupo Pão de Açúcar até chegar a 43,1% desses papéis, percentagem que dobrou a da família Diniz, que continua com 21%.
O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, que qualificou a fusão como uma "estratégica" intenção do país de conquistar os mercados internacionais e respaldou o papel do BNDES na operação, evitou se pronunciar sobre o assunto nesta segunda.
"O que tínhamos a dizer sobre isso, já dissemos. Agora, qualquer declaração pode atrapalhar o andamento das negociações que estão em curso neste momento entre grupos privados. O governo não deve se manifestar. Vamos aguardar a solução natural das coisas", declarou aos jornalistas durante o velório do ex-presidente Itamar Franco.
O Carrefour anunciou na semana passada que estudaria a proposta de fundir seus ativos brasileiros com os da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), razão social do Grupo Pão de Açucar.
Nesta segunda-feira, o Conselho de Administração do Carrefour apoiou em comunicado o plano de fusão, que caso se "concretize, vai levar à criação de uma grande empresa de comércio no varejo no Brasil, o terceiro maior mercado do mundo em termos de gastos com alimentos".
O Pão de Açúcar é líder do mercado brasileiro, com 17,9% do total de vendas no varejo e um faturamento de R$ 36,1 bilhões em 2010.
A companhia possui 1.647 estabelecimentos, que incluem a rede de hipermercados Extra, além dos supermercados Pão de Açúcar e as cadeias de lojas de eletrodomésticos e móveis Ponto Frio e Casas Bahia.
O Carrefour é dono de cerca de 500 supermercados e hipermercados no país, incluindo as redes populares Atacadão e Dia%.
Rio - O grupo francês Casino pediu para o Governo desistir de participar da eventual fusão do Carrefour e do Pão de Açúcar, informou nesta segunda-feira a imprensa local.
O presidente de Casino, Jean Charles Naouri, se reuniu nesta segunda-feira no Rio de Janeiro com o titular do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. O plano de fusão entre o Carrefour e o Pão de Açúcar contempla a participação do BNDES que investiria R$ 4,5 bilhões.
Naouri e Coutinho saíram sem dar declarações à imprensa, mas a edição digital do jornal Folha de S.Paulo revelou que o representante do Casino, sócio do Pão de Açúcar e rival do Carrefour, pediu ao Governo que não intervenha na negociação.
Na sexta-feira, Coutinho se reuniu com Abílio Diniz, presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar e, segundo a imprensa local, a intervenção do Governo se realizaria mediante a compra de ações que garantam maioria de capital brasileiro para o controle da nova empresa.
Casino anunciou na semana passada um aumento de 6,2% de sua participação nas ações preferenciais do Grupo Pão de Açúcar até chegar a 43,1% desses papéis, percentagem que dobrou a da família Diniz, que continua com 21%.
O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, que qualificou a fusão como uma "estratégica" intenção do país de conquistar os mercados internacionais e respaldou o papel do BNDES na operação, evitou se pronunciar sobre o assunto nesta segunda.
"O que tínhamos a dizer sobre isso, já dissemos. Agora, qualquer declaração pode atrapalhar o andamento das negociações que estão em curso neste momento entre grupos privados. O governo não deve se manifestar. Vamos aguardar a solução natural das coisas", declarou aos jornalistas durante o velório do ex-presidente Itamar Franco.
O Carrefour anunciou na semana passada que estudaria a proposta de fundir seus ativos brasileiros com os da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), razão social do Grupo Pão de Açucar.
Nesta segunda-feira, o Conselho de Administração do Carrefour apoiou em comunicado o plano de fusão, que caso se "concretize, vai levar à criação de uma grande empresa de comércio no varejo no Brasil, o terceiro maior mercado do mundo em termos de gastos com alimentos".
O Pão de Açúcar é líder do mercado brasileiro, com 17,9% do total de vendas no varejo e um faturamento de R$ 36,1 bilhões em 2010.
A companhia possui 1.647 estabelecimentos, que incluem a rede de hipermercados Extra, além dos supermercados Pão de Açúcar e as cadeias de lojas de eletrodomésticos e móveis Ponto Frio e Casas Bahia.
O Carrefour é dono de cerca de 500 supermercados e hipermercados no país, incluindo as redes populares Atacadão e Dia%.