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Carne suína não transmite a gripe, diz JBS-Friboi

Empresa mantém meta de crescimento neste ano apesar da epidemia da doença

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Depois de fechar a segunda-feira (27/4), com queda de 12,23% - a maior da sessão, com os papéis negociados a 6,10 reais -, a JBS-Friboi (JBSS3) divulgou comunicado nesta terça-feira (28/4) para tentar reverter os efeitos causados pelo anúncio da epidemia de gripe suína, que já atinge alguns países. O frigorífico reiterou a meta de crescimento de receita e rentabilidade para 2009. Às 10h41, os papéis da empresa apresentavam alta de 2,13%, negociados a 6,23 reais.

Baseado em declarações do Ministério da Saúde, o Friboi diz que o consumo de carne suína não oferece riscos a saúde. Embora não haja casos confirmados no Brasil, o receio de investidores sobre a redução de exportações causados pela doença foi o responsável pela derrubada dos papéis dos frigoríficos na sessão desta segunda.

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O Friboi é basicamente uma companhia processadora de carne bovina, com operações de carne suína girando em torno de 14% da sua receita líquida. Menos de um sexto é vendido para outros países e uma eventual restrição nas exportações afetaria menos de 1,5% da receita consolidada. O frigorífico não cria porcos e não é verticalmente integrado.

“Nosso negócio de carne suína é um negócio de margens”, afirma Wesley Batista, executivo-chefe da companhia nos Estados Unidos. “Nós compramos e processamos porcos e uma eventual redução na demanda poderia refletir imediatamente nos preços dos suínos. Neste cenário, nós acreditamos que manteríamos nossas margens na unidade de negócios de carne suína.”

O Friboi é hoje a maior empresa de carne bovina do mundo e a maior exportadora mundial de carne industrializada, com operações em 18 países. É a terceira maior produtora de carne suína dos Estados Unidos, país que já teve casos confirmados da doença, mas isso não impediu que China, Rússia, Coréia do Sul, Indonésia e Tailândia embargassem os produtos originários dos Estados Unidos e do México.

Em comunicado divulgado na segunda-feira (27/4) pela corretora Planner, o analista Peter Ping Ho afirma que os demais frigoríficos brasileiros têm poucos negócios de suínos e, portanto, não devem ser fortemente impactados. “O que se vê agora na bolsa é o efeito psicológico", diz.

No caso do frigorífico Marfrig, a empresa divulgou nota em que afirma que os negócios de carne suína representaram apenas 4,2% da receita líquida. Às 10h41, os papéis da empresa registravam queda de 0,95%, a 10,40 reais, após a desvalorização de 4,55% nesta segunda-feira. No mesmo instante, as ações de Minerva (BEEF3) subiam 2,44%, para 2,51 reais, depois de fechar a sessão desta segunda em queda de 9,59%.

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