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Carlyle desembarca no Brasil

Terceiro maior fundo de private equity do mundo, o grupo americano escolheu o executivo Eduardo Machado para comandar as operações no setor imobiliário em toda a América Latina

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

O fundo americano de private equity Carlyle Group, que tem uma carteira de mais de 44 bilhões de dólares de investimentos, acaba de contratar o executivo Eduardo Machado para fazer sua estréia no mercado brasileiro. Machado vai comandar as operações e os investimentos do Carlyle no mercado imobiliário em toda a América Latina, sobretudo no Brasil.

Sediado em São Paulo, Machado terá a missão de criar um fundo de 400 milhões a 500 milhões de dólares para investir em negócios ligados a imóveis. Atualmente, o Carlyle tem mais de 4 bilhões de dólares investidos em diversos segmentos do setor na Europa e na Ásia, de edifícios comerciais a shoppings e empreendimentos hoteleiros. "O escopo dos investimentos é bastante amplo, e o Brasil deve representar parcela preponderante", diz Machado.

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Desde o início de sua trajetória, o Carlyle apoiou sua estratégia em relacionamentos próximos com homens influentes da política e do mundo dos negócios. O ex-presidente dos Estados Unidos George Bush já fez parte de seu quadro de conselheiros. O ex-primeiro-ministro britânico John Major também. Louis Gerstner, ex-presidente da IBM e um dos executivos mais celebrados dos últimos tempos, hoje é seu comandante. O grupo garante que esse tipo de relacionamento sempre representou uma pequena porcentagem do staff.

Até o fim de janeiro, Machado deixa o cargo de diretor superintende do Fibra Realty - a divisão imobiliária do grupo Steinbruch, que controla a siderúrgica CSN -, onde está há cerca de três anos. Antes do Fibra, Machado teve passagem pela Brazilian Capital, pelo Pactual e pela Rio Bravo, que ajudou a fundar em 1999, em parceria com o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco.

O setor imobiliário promete ser um dos mais promissores do mercado brasileiro. Em 2006, as construtoras e incorporadoras do país se tornaram - a um só tempo - as grandes estrelas dos pregões e alvos dos investidores estrangeiros. As quatro grandes construtoras que abriram capital no ano passado, por exemplo - Cyrela Brazil Realty, Gafisa, Rossi Residencial e Company - captaram juntas mais de 3 bilhões de reais.

Para Machado, boa parte do sucesso dependerá do critério para a escolha dos bons empreendimentos imobiliários. "Considerando o cenário de grande liquidez internacional, o grande desafio será fazer um programa de investimentos em projetos que garantam segurança, liquidez e taxa interna de retorno", diz Machado. "Como há mais liquidez no mundo, a procura por projetos é grande e, por isso, a seleção deve ser mais cuidadosa".

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