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Braskem inaugura fábrica de polipropileno em Paulínia

Projeto, que foi erguido em parceria com a Petroquisa, passará agora a ser totalmente controlado pela Braskem

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A Braskem anunciou, nesta sexta-feira (25/4), a inauguração de sua unidade de produção de polipropileno, instalada no município paulista de Paulínia. Batizada de Petroquímica Paulínia, a planta consumiu investimentos de aproximadamente 700 milhões de reais e conta com capacidade anual de 350.000 toneladas. Com isso, a capacidade de produção de polipropileno da Braskem sobe para 1,1 milhão de toneladas anuais.

A Petroquímica Paulínia foi criada em setembro de 2005, a partir de uma sociedade entre a Braskem (60% do capital total) e a Petroquisa (40%), braço da Petrobras para o setor petroquímico. Na época de sua fundação, os sócios informaram que 30% do investimento seriam bancados por capital próprio. O restante viria de linhas de financiamento. A expectativa, na ocasião, era de que a planta gerasse uma receita anual de 300 milhões de dólares.

A Braskem, agora, deve assumir 100% do capital da Petroquímica Paulínia. O projeto é um dos que entraram no acordo de investimentos assinado pela companhia com a Petrobras, em novembro do ano passado. O acordo tem o objetivo de reestruturar e simplificar a atuação das empresas no setor petroquímico, transformando a Braskem no único veículo de investimentos da Petrobras nesse setor. O acordo foi firmado em um momento de grandes dúvidas quanto a uma possível guinada da Petrobras em direção a uma estratégia de reestatização do setor petroquímico. No ano passado, antes da assinatura do acordo, a estatal participou da compra do grupo Ipiranga, em parceria com a Braskem e o Ultra, entre outras investidas nesse mercado.

Para transferir os ativos de petroquímica para a Braskem, como a Petroquímica Paulínia, a Petrobras receberá, em contrapartida, um aumento de participação no capital da Braskem. Em conjunto com a Petroquisa, a estatal elevará sua fatia na empresa controlada pela Odebrecht de 6,8% para 25% do capital total.

O polipropileno é uma resina derivada do petróleo e com aplicações em embalagens e fibras têxteis, entre outros. "A unidade de Paulínia estabelece um marco na trajetória de diversificação das matérias-primas utilizadas pela Braskem, sendo a primeira unidade industrial da companhia projetada para utilizar o propeno obtido de gás de refinaria como matéria-prima", afirma a nota da Braskem. O propeno será fornecido por duas refinarias - a de Paulínia e a da Henrique Lage, ambas da Petrobras e instaladas em São Paulo.

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