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Bosch aumenta investimentos na Ásia

  Em 2003, a alemã Bosch investiu 36 bilhões de euros nas operações que possui em mais de 50 países do mundo. A Ásia recebeu 10% desses recursos. "A tendência é que essa fatia chegue a 20% nos próximos dez anos," diz Edgar Silva Garbade, presidente da Bosch América Latina. O que explica esse interesse […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Em 2003, a alemã Bosch investiu 36 bilhões de euros nas operações que possui em mais de 50 países do mundo. A Ásia recebeu 10% desses recursos. "A tendência é que essa fatia chegue a 20% nos próximos dez anos," diz Edgar Silva Garbade, presidente da Bosch América Latina.

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O que explica esse interesse da empresa é a capacidade que está sendo instalada no continente, sobretudo na China, para a produção de veículos. Os negócios da Bosch ligados à indústria automotiva respondem por 85% da sua receita. No ano passado, o continente passou à frente da Europa na produção de carros e só a China produziu 4,4 milhões de unidades. Para 2005, a expectativa é que o país produza 5 milhões.

Para Garbade, alguns fatores explicam o fato do Brasil não estar vivendo nem de longe um cenário parecido. "Os brasileiros perderam 25% de seu poder de compra nos últimos três anos", diz ele. Além disso, a economia do país não cresce e está sendo impulsionada apenas pelas exportações. "Cerca de 25% da produção da Bosch foi vendida lá fora, sobretudo para os Estados Unidos e o México", afirma Garbade. "Seria preciso aumentar a demanda interna e diminuir a carga tributária para reduzir nosso custo de produção".

Mesmo com esses contratempos, a Bosch não cessou os investimentos no Brasil. Em 2003, foram 180 milhões de reais. Para 2004, serão mais 200 milhões de reais. Desse valor, 40 milhões serão destinados à melhoria da rede de serviços da empresa e ao lançamento de produtos. Hoje, a Bosch tem 785 oficinas espalhadas pelo país que seguem normas de qualidade definidas pela empresa. Até o final deste ano, a rede deverá contar com 1 100 oficinas.

Os demais 160 milhões de reais serão direcionados para a expansão de produção e modernização de fábricas. Só a unidade da empresa em Curitiba, que no ano passado roubou dos Estados Unidos a produção de unidades injetoras e de bicos injetores de alta pressão, receberá 53 milhões de reais para aumentar a capacidade e dar conta da demanda dos mercados americanos e europeus. A fábrica de Campinas receberá 56 milhões de reais: 46 milhões para aumentar em 50% a produção de freio a disco, produto exportado sobretudo para os Estados Unidos, e 10 milhões para a linha de fabricação de bombas de combustíveis.

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