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Bombril tem prejuízo de 1,8 bilhão de reais

A empresa brasileira, controlada pelo grupo italiano Cirio, fechou o ano com patrimônio líquido negativo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

A Bombril fechou o ano passado com um prejuízo recorde de 1,8 bilhão de reais, depois de dois anos seguidos de resultados positivos. Em 2002, havia registrado um lucro de 603,6 milhões de reais e, em 2001, outro lucro de 160,8 milhões de reais.

De acordo com comunicado da Bombril divulgado nesta quinta-feira (15/4), o desempenho da empresa brasileira foi afetado principalmente pelas provisões de 1,5 bilhão de reais lançadas no balanço contra a controladora Cirio Finanziaria SpA e a controladora desta, Cirio Holding SpA. As companhias italianas foram à ruína em 2002. As provisões, exigidas por lei, foram feitas para a empresa se prevenir de "eventuais perdas" que a poderia vir a ter.

Além disso, o resultado líquido também foi negativamente afetado por um ajuste contábil no patrimônio (de -191 milhões de reais). Retirando esses dois resultados, observa-se um prejuízo de 111 milhões de reais.

Além de prejuízo bilionário, a Bombril fechou 2003 com um patrimônio líquido negativo em 246 milhões de reais. No final de 2002, o patrimônio líquido era de 1,6 bilhão de reais. A empresa, controlada desde 1992 pelo grupo Cirio, sofreu uma redução de quase 70% nos seus ativos totais.

"Foi um dos mais difíceis e complexos anos de a história da empresa, em razão de eventos exógenos", afirma o relatório da Bombril. A quebra do grupo Cirio na Itália, as repetidas declarações de venda da Bombril por parte de sua controladora indireta, a Cirio Finanziaria, e a constituição do usufruto judicial a favor da "Newco International" ocorrida em 2003, contribuíram para o resultado negativo da empresa, segundo explicam os administradores judiciais, à frente da Bombril desde o fim do primeiro trimestre do ano passado.

De acordo com a empresa, o fluxo de caixa da Bombril só retomou o curso normal no último trimestre de 2003, como conseqüência do processo de recuperação da imagem da empresa no sistema financeiro. O volume de vendas foi 35% inferior ao de 2002, resultado de cortes de linhas de produtos provocados pela carência de financiamento.

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