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Em sua sala de aula, Raquel Aparecida Martins tem 26 alunos com idade entre 28 e 65 anos. Todos eles tentam aprender a ler e a escrever. Raquel trabalha numa loja de doces, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. E todas as noites, por duas horas, assume seu papel de professora voluntária. Assim […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Em sua sala de aula, Raquel Aparecida Martins tem 26 alunos com idade entre 28 e 65 anos. Todos eles tentam aprender a ler e a escrever. Raquel trabalha numa loja de doces, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. E todas as noites, por duas horas, assume seu papel de professora voluntária. Assim como ela, outras 10 mil pessoas já foram formadas pelo Banco do Brasil para participar do BBeducar, programa criado, em 1992, por um pequeno grupo de funcionários do banco. Hoje 80% do grupo é formado por voluntários da comunidade, que nada têm a ver com o Banco do Brasil e que já ajudaram a alfabetizar mais de 65 mil pessoas. O banco é uma referência por ser o mais interiorizado do Brasil. Precisamos aproveitar isso e conseguir professores para alfabetizar em cada canto do país , diz Heloisa Helena de Oliveira, 46 anos, presidente da Fundação Banco do Brasil.

Para garantir abrangência e multiplicar o programa, a fundação, responsável pelo programa desde 1999, faz parcerias com associações de moradores, empresas, clubes, igrejas e prefeituras. Foi por meio da divulgação feita pela prefeitura de Itapecerica da Serra, por exemplo, que Raquel tomou conhecimento do programa de voluntariado. Fez a inscrição, a prova e a entrevista. Depois de aprovada, recebeu treinamento e entrou em sala de aula. É gratificante fazer um trabalho como esse. Aprendo tanto com os alunos que estou mudando meus valores, deixando de lado o que é material e me interessando ainda mais pelo interior das pessoas , diz ela.

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Segundo Eduardo Guimarães, presidente do Banco do Brasil, a parceria com prefeituras permite que os recém-alfabetizados continuem os estudos após o curso. Existe essa preocupação e incentivamos a matrícula no ensino fundamental ou em supletivos , diz ele. O investimento no projeto foi de 3,7 milhões de reais em 2001, contra 930 mil no ano passado. Estão em sala de aula, atualmente, 61 mil pessoas.

Hoje, o maior desafio da fundação é descobrir formas de multiplicar ainda mais os resultados. A metodologia já existe e funciona, mas é preciso descobrir como dar maior escala ao programa e alcançar todos aqueles que ainda são analfabetos , diz Heloisa. Afinal, existe alguma coisa mais importante do que passar para o mundo letrado, poder assinar o nome na carteira de identidade, ler o destino do ônibus, ir ao supermercado e perceber que existem várias marcas?

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