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Banco do Brasil tem lucro de R$3,06 bilhões no 3º trimestre

O resultado representa um crescimento de 10,1% sobre o mesmo período de 2014

Banco do Brasil: o resultado representa um crescimento de 10,1% sobre o mesmo período de 2014 (VEJA RIO)
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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2015 às 08h54.

São Paulo - SÃO PAULO - O Banco do Brasil teve lucro de terceiro trimestre abaixo do previsto por analistas, pressionado pela piora na qualidade da carteira de empréstimos, que levou a um salto nas provisões para inadimplência.

O maior banco do país por ativos informou lucro ajustado do período de 2,881 bilhões de reais, quase estável ante um ano antes e queda de 5,2% na base sequencial. A previsão média de analistas ouvidos pela Reuters era de lucro recorrente de 3,017 bilhões de reais.

Incluindo efeitos extraordinários, o lucro do BB foi de 3,062 bilhões de reais, ante 2,78 bilhões no mesmo trimestre de 2014 e praticamente estável na medição sequencial.

A despesa com provisão para calotes foi um destaque negativo do período, com avanço anual de 40%, para 6,4 bilhões de reais. Isso depois do índice de inadimplência acima de 90 dias subir a 2,2%, alta de 0,16 ponto sobre o trimestre anterior e de 0,11 ponto ante igual etapa de 2014.

A piora foi mais acentuada na carteira para empresas, na qual o índice subiu de 2,68 para 3,1% em 12 meses.

Os efeitos respingaram sobre as projeções do banco para o segmento, que passaram de expansão de 7 a 11% para 5 a 9% este ano. Isso mais que compensou efeitos positivos como o repasse de juros maiores a clientes, numa carteira e crédito que cresceu 9,8% em 12 meses, para 804,6 bilhões de reais no conceito ampliado.

O destaque positivo foi o financiamento imobiliário (+34%). Na outra ponta, o estoque de empréstimos para empresas médias e pequenas encolheu 6,2% ante setembro de 2014.

O spread líquido nas operações de crédito, a receita que o banco tem com empréstimos descontado o custo de captação e as despesas com provisões para calotes, caiu a 2,4%, queda de 0,1 ponto percentual sobre o trimestre anterior e de 0,2 ponto contra um ano antes.

O BB teve ainda um aumento de 10,1% nas receitas com tarifas, a 6,9 bilhões de reais. O banco também conseguiu manter sob controle as despesas administrativas, que avançaram 6,3% em 12 meses, a 8,55 bilhões de reais.

Mas isso foi pouco para enfrentar os efeitos de uma economia em recessão, que pesou sobre famílias e empresas que tomaram empréstimos do BB nos últimos anos, quando os bancos estatais foram levados pelo governo federal a ir na contramão dos concorrentes privados e ampliar a oferta de financiamentos.

Com isso, a rentabilidade anualizada do BB sobre o patrimônio caiu 2,8 pontos percentuais no conceito ajustado sobre um ano antes, para 13,3%. Sobre o trimestre anterior, o recuo foi de 0,9 ponto. A instituição foi levada a reduzir sua meta de 2015 para esta linha, da faixa de 14 a 17 para a de 13 a 16%.

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São Paulo - SÃO PAULO - O Banco do Brasil teve lucro de terceiro trimestre abaixo do previsto por analistas, pressionado pela piora na qualidade da carteira de empréstimos, que levou a um salto nas provisões para inadimplência.

O maior banco do país por ativos informou lucro ajustado do período de 2,881 bilhões de reais, quase estável ante um ano antes e queda de 5,2% na base sequencial. A previsão média de analistas ouvidos pela Reuters era de lucro recorrente de 3,017 bilhões de reais.

Incluindo efeitos extraordinários, o lucro do BB foi de 3,062 bilhões de reais, ante 2,78 bilhões no mesmo trimestre de 2014 e praticamente estável na medição sequencial.

A despesa com provisão para calotes foi um destaque negativo do período, com avanço anual de 40%, para 6,4 bilhões de reais. Isso depois do índice de inadimplência acima de 90 dias subir a 2,2%, alta de 0,16 ponto sobre o trimestre anterior e de 0,11 ponto ante igual etapa de 2014.

A piora foi mais acentuada na carteira para empresas, na qual o índice subiu de 2,68 para 3,1% em 12 meses.

Os efeitos respingaram sobre as projeções do banco para o segmento, que passaram de expansão de 7 a 11% para 5 a 9% este ano. Isso mais que compensou efeitos positivos como o repasse de juros maiores a clientes, numa carteira e crédito que cresceu 9,8% em 12 meses, para 804,6 bilhões de reais no conceito ampliado.

O destaque positivo foi o financiamento imobiliário (+34%). Na outra ponta, o estoque de empréstimos para empresas médias e pequenas encolheu 6,2% ante setembro de 2014.

O spread líquido nas operações de crédito, a receita que o banco tem com empréstimos descontado o custo de captação e as despesas com provisões para calotes, caiu a 2,4%, queda de 0,1 ponto percentual sobre o trimestre anterior e de 0,2 ponto contra um ano antes.

O BB teve ainda um aumento de 10,1% nas receitas com tarifas, a 6,9 bilhões de reais. O banco também conseguiu manter sob controle as despesas administrativas, que avançaram 6,3% em 12 meses, a 8,55 bilhões de reais.

Mas isso foi pouco para enfrentar os efeitos de uma economia em recessão, que pesou sobre famílias e empresas que tomaram empréstimos do BB nos últimos anos, quando os bancos estatais foram levados pelo governo federal a ir na contramão dos concorrentes privados e ampliar a oferta de financiamentos.

Com isso, a rentabilidade anualizada do BB sobre o patrimônio caiu 2,8 pontos percentuais no conceito ajustado sobre um ano antes, para 13,3%. Sobre o trimestre anterior, o recuo foi de 0,9 ponto. A instituição foi levada a reduzir sua meta de 2015 para esta linha, da faixa de 14 a 17 para a de 13 a 16%.

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