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Automechanika atrai poucos brasileiros

Poucas empresas brasileiras têm porte para participar da Automechanika, a maior feira mundial de equipamentos, peças e acessórios para o setor automotivo, que acontecerá entre 14 e 19 de setembro em Frankfurt. Ponto de encontro de fornecedores e compradores de escala global, a feira gera cerca de um bilhão de euros em negócios para os […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Poucas empresas brasileiras têm porte para participar da Automechanika, a maior feira mundial de equipamentos, peças e acessórios para o setor automotivo, que acontecerá entre 14 e 19 de setembro em Frankfurt. Ponto de encontro de fornecedores e compradores de escala global, a feira gera cerca de um bilhão de euros em negócios para os participantes por edição, mas o tamanho dos contratos escapa dos pequenos fornecedores. Em números, isso significa que, no máximo, 65 empresas brasileiras participarão da próxima edição, num universo de 4 mil expositores.

Segundo o diretor do evento, Stephan Kurzawski, "não há propriamente uma triagem, mas a organização procura expositores que possam atender o mercado mundial". A Messe Frankfurt, organizadora da Automechanika, não quer arranhar a imagem de sua feira. "Se colocarmos um expositor sem capacidade de atender a um pedido, não só a imagem da empresa fica comprometida, mas também a da própria feira", afirma.

É preciso reconhecer, contudo, que a participação brasileira crescerá em relação à última edição, em 2002, quando foi representada por 55 expositores. Kurzawski diz que há potencial para aumentar a presença. O setor de autopeças responde por cerca de 70% dos participantes do Brasil. Quanto às estatísticas de visitação, os brasileiros também ficam um tanto sumidos. Foram 498 visitantes dispersos entre 160 mil pessoas. Em 2002, 61.125 estrangeiros visitaram o evento, com destaque para os oriundos da União Européia (49% do total), Leste Europeu (13%), outros países da Europa (10%), Ásia (15%) e América do Norte (4%).

Mercado brasileiro

Já existem dez versões regionais da Automechanika, montadas em países como China (duas edições - uma em Pequim e outra em Xangai), Rússia e Emirados Árabes. No continente americano, há dois filhotes da feira: a Paace Automechanika México e a Automechanika Argentina. Kurzawski descartou, por ora, a criação de uma versão brasileira.

"É claro que gostaríamos de uma edição no Brasil, mas não realizamos feiras sem que haja mercado para isso", afirmou. Aqui, o setor de autopeças e serviços automotivos já conta com uma forte concorrente, a feira bienal Automec, organizada pela Alcântara Machado no Pavilhão do Anhembi. Em sua última montagem, em 2003, a feira contou com 717 expositores brasileiros e 491 estrangeiros, recebendo 76.783 visitantes. Destes, 3.215 eram estrangeiros. Referindo-se indiretamente à Automec, Kurzawski disse não desejar que "as empresas decidam entre a feira A ou B, o que poderia prejudicar a todos".

O segmento de autopeças brasileiro fatura cerca de 15 bilhões de dólares por ano, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). As montadoras respondem por cerca de 60% do valor, o mercado local de autopeças, 20%, e as exportações de componentes, o restante.

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