Exame Logo

Ativos de grandes bancos centrais sobem para US$ 21 tri

Os 10 maiores bancos atualmente possuem no total US$ 21,4 trilhões em ativos, aumento de 10% em relação ao fim do ano passado

Bancos: na última década, o Banco Nacional da Suíça realizou a maior expansão de suas reservas, de quase oito vezes em dólares (Fabrice Coffrini/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2016 às 16h25.

Nova York - Os maiores bancos centrais do mundo estão ampliando seus balanços neste ano ao ritmo mais rápido desde a crise da dívida europeia, em 2011, para impulsionar recuperações econômicas lentas com aquisições de ativos que estão apoiando os preços das ações e dos títulos.

Os 10 maiores bancos atualmente possuem no total US$ 21,4 trilhões em ativos, aumento de 10 por cento em relação ao fim do ano passado, mostram dados coletados pela Bloomberg. O montante combinado cresceu 3 por cento ou menos em 2015 e 2014.

A aceleração da expansão dos balanços dos bancos centrais surge em meio ao debate sobre se suas aquisições de ativos e os contínuos juros baixos estão criando bolhas, especialmente no mercado de títulos.

Esses programas de flexibilização quantitativa visam a elevar os preços dos títulos que adquirem para reduzir os rendimentos dos papéis, incentivar os investimentos e estimular o crescimento econômico.

O crescimento das reservas dos bancos centrais coincidiu com a tendência basicamente de alta dos preços das ações e dos títulos.

Enquanto os 10 maiores expandiram seus balanços em 265 por cento desde meados de outubro de 2006, o índice de ações MSCI All Country World ganhou 19 por cento e o índice de títulos Bloomberg Barclays Global Aggregate avançou 50 por cento.

Na última década, o Banco Nacional da Suíça realizou a maior expansão de suas reservas entre aqueles com os maiores portfólios, de quase oito vezes em dólares. O Banco da Rússia foi o menos agressivo, com um aumento de 68 por cento.

Enquanto as reservas dos maiores bancos cresceram 10,4 por cento neste ano, o índice de ações subiu 3 por cento e o de títulos deu um salto de 7,4 por cento.

Juntos, o Banco do Japão e o Banco Central Europeu expandiram seus ativos em US$ 2,1 trilhões desde 31 de dezembro, montante maior que o dos demais bancos do top 10 combinados.

Os balanços do Banco Popular da China e do Federal Reserve, dos EUA, caíram 2 por cento ou menos, enquanto os bancos centrais da Suíça e do Brasil ampliaram suas reservas em 15 por cento ou mais.

Quanto é US$ 21,4 trilhões?

É 29 por cento do tamanho da economia mundial no fim de 2015 e o dobro do montante de meados de setembro de 2008, quando o colapso do Lehman Brothers desencadeou a crise financeira global.

É um terço da capitalização de mercado combinada de cada ação do mundo e quase metade do valor de todas as dívidas do índice de títulos globais da Bloomberg.

Quase 75 por cento dos ativos de bancos centrais do mundo são controlados por bancos centrais de quatro lugares: China, EUA, Japão e zona do euro.

Os seis seguintes -- os bancos centrais do Brasil, Suíça, Arábia Saudita, Reino Unido, Índia e Rússia -- respondem, cada um, por uma média de 2,5 por cento.

Os 107 bancos centrais restantes monitorados pela Bloomberg, basicamente com dados do Fundo Monetário Internacional, detêm menos de 13 por cento.

Veja também

Nova York - Os maiores bancos centrais do mundo estão ampliando seus balanços neste ano ao ritmo mais rápido desde a crise da dívida europeia, em 2011, para impulsionar recuperações econômicas lentas com aquisições de ativos que estão apoiando os preços das ações e dos títulos.

Os 10 maiores bancos atualmente possuem no total US$ 21,4 trilhões em ativos, aumento de 10 por cento em relação ao fim do ano passado, mostram dados coletados pela Bloomberg. O montante combinado cresceu 3 por cento ou menos em 2015 e 2014.

A aceleração da expansão dos balanços dos bancos centrais surge em meio ao debate sobre se suas aquisições de ativos e os contínuos juros baixos estão criando bolhas, especialmente no mercado de títulos.

Esses programas de flexibilização quantitativa visam a elevar os preços dos títulos que adquirem para reduzir os rendimentos dos papéis, incentivar os investimentos e estimular o crescimento econômico.

O crescimento das reservas dos bancos centrais coincidiu com a tendência basicamente de alta dos preços das ações e dos títulos.

Enquanto os 10 maiores expandiram seus balanços em 265 por cento desde meados de outubro de 2006, o índice de ações MSCI All Country World ganhou 19 por cento e o índice de títulos Bloomberg Barclays Global Aggregate avançou 50 por cento.

Na última década, o Banco Nacional da Suíça realizou a maior expansão de suas reservas entre aqueles com os maiores portfólios, de quase oito vezes em dólares. O Banco da Rússia foi o menos agressivo, com um aumento de 68 por cento.

Enquanto as reservas dos maiores bancos cresceram 10,4 por cento neste ano, o índice de ações subiu 3 por cento e o de títulos deu um salto de 7,4 por cento.

Juntos, o Banco do Japão e o Banco Central Europeu expandiram seus ativos em US$ 2,1 trilhões desde 31 de dezembro, montante maior que o dos demais bancos do top 10 combinados.

Os balanços do Banco Popular da China e do Federal Reserve, dos EUA, caíram 2 por cento ou menos, enquanto os bancos centrais da Suíça e do Brasil ampliaram suas reservas em 15 por cento ou mais.

Quanto é US$ 21,4 trilhões?

É 29 por cento do tamanho da economia mundial no fim de 2015 e o dobro do montante de meados de setembro de 2008, quando o colapso do Lehman Brothers desencadeou a crise financeira global.

É um terço da capitalização de mercado combinada de cada ação do mundo e quase metade do valor de todas as dívidas do índice de títulos globais da Bloomberg.

Quase 75 por cento dos ativos de bancos centrais do mundo são controlados por bancos centrais de quatro lugares: China, EUA, Japão e zona do euro.

Os seis seguintes -- os bancos centrais do Brasil, Suíça, Arábia Saudita, Reino Unido, Índia e Rússia -- respondem, cada um, por uma média de 2,5 por cento.

Os 107 bancos centrais restantes monitorados pela Bloomberg, basicamente com dados do Fundo Monetário Internacional, detêm menos de 13 por cento.

Acompanhe tudo sobre:AçõesBalançosBancosFinanças

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame